Na ONU, Israel e EUA votaram contra cessar-fogo em Gaza; veja os votos de cada país
Brasil, Jordânia e outros países árabes votam a favor do fim dos ataques
Israel, Estados Unidos e outros 12 países votaram contra o pedido de cessar-fogo aprovado na resolução da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) realizada nesta 6ª feira (27.out). O Brasil foi uma das 120 nações que votaram a favor do cessar-fogo no conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas. Outros 45 países se abstiveram e 13 não votaram. O documento aprovado é de autoria da Jordânia e dos países árabes que pede trégua humanitária para proteção de civis. O documento pede ainda a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Israel considerou a resolução "desprezível" e fez uma série de ataques invadindo Gaza na noite desta 6ª feira.
Pouco depois da votação, o Iraque informou que teve um problema no sistema eletrônico e o voto foi computado de maneira errada. Votaram como "abstencao" mas são a favor. Com a correção, foram 121 votos a favor, 44 abstenções e 14 contra.
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Veja abaixo a lista como cada país votou:
A FAVOR: 120 países
- Afeganistão
- África do Sul
- Andorra
- Angola
- Antigua-Barbuda
- Arábia Saudita
- Argélia
- Argentina
- Armênia
- Azerbaijão
- Bahamas
- Bahrein
- Bangladesh
- Barbados
- Belarus
- Bélgica
- Belize
- Bolívia
- Bósnia-Herzegovina
- Botswana
- BRASIL
- Brunei
- Butão
- Catar
- Cazaquistão
- Chade
- Chile
- China
- Cingapura
- Colômbia
- Comoros
- Congo
- Coreia do Norte
- Costa do Marfim
- Costa Rica
- Cuba
- Djibouti
- Dominica
- Egito
- El Salvador
- Emirados Árabes
- Equador
- Eritrea
- Eslovênia
- Espanha
- França
- Gabão
- Gâmbia
- Gana
- Granada
- Guiana
- Guiné
- Guiné Equatorial
- Guiné-Bissau
- Honduras
- Iemen
- Ilhas Maurício
- Ilhas Salmoão
- Indonésia
- Irã
- Irlanda
- Jordânia
- Kuwait
- Laos
- Lesoto
- Líbano
- Líbia
- Liechtenstein
- Luxemburgo
- Madagascar
- Malásia
- Malaui
- Maldivas
- Mali
- Malta
- Marrocos
- Mauritânia
- México
- Mianmar
- Moçambique
- Mongólia
- Montenegro
- Namíbia
- Nepal
- Nicarágua
- Níger
- Nigéria
- Noruega
- Nova Zelândia
- Omã
- Paquistão
- Peru
- Portugal
- Quênia
- Quirguistão
- República Centro-Africana
- República Democrática do Congo
- República Dominicana
- Rússia
- Saint-Kitts e Nevis
- Santa Lucia
- São Vicente e Granadines
- Senegal
- Serra Leoa
- Síria
- Somália
- Sri Lanka
- Sudão
- Suíça
- Suriname
- Tailândia
- Tajiquistão
- Tanzânia
- Timor Leste
- Trinidad e Tobago
- Turquia
- Uganda
- Uzbequistão
- Vietnã
- Zimbábue
CONTRA: 14 países
- Áustria
- Croácia
- Estados Unidos
- Fiji
- Guatemala
- Hungria
- Ilhas Marshall
- Israel
- Micronesia
- Nauru
- Papua Nova Guiné
- Paraguai
- República Checa
- Tonga
ABSTENÇÃO: 45 países
- Albânia
- Alemanha
- Austrália
- Bulgária
- Cabo Verde
- Camarões
- Canadá
- Chipre
- Coreia do Sul
- Dinamarca
- Eslováquia
- Estônia
- Etiópia
- Filipinas
- Finlândia
- Georgia
- Grécia
- Haiti
- Holanda
- Índia
- Iraque
- Islândia
- Itália
- Japão
- Kiribaiti
- Letônia
- Lituânia
- Macedônia do Norte
- Moldávia
- Mônaco
- Palau
- Panamá
- Polônia
- Reino Unido
- Romênia
- São Marino
- Sérvia
- Sudão do Sul
- Suécia
- Tunísia
- Tuvalu
- Ucrânia
- Uruguai
- Vanuatu
- Zâmbia
NÃO VOTARAM: 13 países
- Benin
- Burkina Faso
- Burundi
- Cambodja
- Essuatíni
- Ilhas Seichelles
- Jamaica
- Libéria
- Ruanda
- Samoa
- São Tomé e Príncipe
- Togo
- Turcomenistão
O foco principal do documento é socorrer os civis, ao pedir "uma trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada que conduza à cessação das hostilidades". A resolução pede ainda acesso total e sem entraves das agências humanitárias da ONU, da Cruz Vermelha e de outras instituições humanitárias para prestar o devido socorro às pessoas atingidas pela guerra.
Em outro trecho, o documento pede o cancelamento da ordem de Israel e do Hamas para transferir os civis ao norte do Wadi Gaza para se transferirem ao Sul da região e reitera que as pessoas inocentes atingidas pela guerra devem ser resguardadas "ao abrigo do direito humanitário internacional e devem receber assistência humanitária onde quer que se encontrem, e reitera a necessidade de tomar medidas adequadas para garantir a segurança e o bem-estar dos civis e a sua proteção, em particular das crianças, e permitir a seu movimento seguro". A resolução ainda "rejeita firmemente" qualquer tentativa forçada de retirar os civis de Gaza.
A Assembleia determinou também a libertação imediata e incondicional de todos os civis que se encontram ilegalmente mantidos em cativeiro, exigindo a sua segurança, bem-estar e tratamento humano, em conformidade com o direito internacional. O Hamas tem cerca de 220 reféns.
Por fim, o documento aprovado pela ONU reafirma que uma solução justa no conflito na Faixa de Gaza só poderá ser alcançada por meios pacíficos, observados por resoluções da ONU em conformidade com o direito internacional com base na solução de dois Estados.