Caças dos EUA bombardeiam Síria após ataques de milícias apoiadas pelo Irã
Governo ameaçou tomar novas atitudes caso hostilidade contra tropas norte-americanas continuem
Dois caças dos Estados Unidos bombardearam, nesta 6ª feira (26.out), instalações ligadas à Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, localizadas no leste da Síria. Em comunicado, o secretário de Defesa, Lloyd Austin, informou que a ação ocorreu em resposta aos ataques de milícias apoiadas pelo Irã às tropas norte-americanas que estão no Iraque e na Síria.
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Segundo Austin, as forças norte-americanas atuantes nos países foram atacadas pelo menos 19 vezes por forças apoiadas pelo Irã, como a Jihad Islâmica e o Hezbollah libanês, na última semana. Como resultado, um cidadão morreu de um incidente cardíaco enquanto procurava abrigo, enquanto outros 21 militares sofreram ferimentos leves.
"Os Estados Unidos não buscam um conflito e não têm intenção nem desejo de se envolver em novas hostilidades, mas esses ataques apoiados pelo Irã contra as forças americanas são inaceitáveis e devem parar. O Irã quer esconder a mão e negar seu papel nesses ataques contra nossas forças. Não vamos deixá-los", escreveu o ministro.
Austin reforçou que os ataques foram feitos em forma de autodefesa e que, caso as hostilidades de representantes do Irã contra forças norte-americanas continuem, o país "não hesitará" em tomar medidas mais severas. O político disse ainda que o bombardeio não tem relação com o conflito entre Israel e o grupo Hamas - também apoiado pelo Irã.
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"Esses ataques são separados e distintos do conflito em curso entre Israel e o Hamas, e não constituem uma mudança na nossa abordagem do conflito Israel-Hamas. Continuamos a exortar todas as entidades estatais e não estatais a não tomarem medidas que se transformem num conflito regional mais amplo", frisou o ministro.