Morre Martti Ahtisaari, ex-presidente da Finlândia e vencedor do Nobel da Paz
Diplomata, de 86 anos, contribuiu para a independência da Namíbia; ele tinha doença de Alzheimer avançada
O diplomata Martti Ahtisaari, ex-presidente da Finlândia e vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 2008, morreu nesta 2ª feira (16.out), aos 86 anos, em Helsinki. Em 2021, foi anunciado que Ahtisaari tinha doença de Alzheimer avançada.
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A Fundação para a Paz Martti Ahtisaari (CMI), criada por ele em 2000 para continuar seu legado de resolução de conflitos, disse em comunicado que "o mundo perdeu uma pessoa verdadeiramente excepcional que dedicou a sua vida à paz".
Martti Ahtisaari, former Finnish president and Nobel Peace Prize laureate, has passed away at the age of 86.
? CMI ? Martti Ahtisaari Peace Foundation (@cmioffice) October 16, 2023
He will be deeply missed by his wife Eeva and son Marko, his many friends and colleagues around the world.
Read more: https://t.co/RfoZW1B8AP pic.twitter.com/I8dnSa3mIA
O atual presidente finlandês, Sauli Niinistö, afirmou que "Martti Ahtisaari acreditava nas pessoas, na civilização e na bondade, e viveu uma vida excelente e notável".
Olemme syvää surua tuntien ottaneet vastaan tiedon presidentti Martti Ahtisaaren kuolemasta. Martti Ahtisaari uskoi ihmiseen, sivistykseen ja hyvyyteen, ja hän eli suuren, merkittävän elämän. https://t.co/gwijglVZXK
? Sauli Niinistö (@niinisto) October 16, 2023
Ahtisaari foi presidente da República da Finlândia de 1994 a 2000. Antes disso, teve uma carreira notável nas Nações Unidas e no Ministério das Relações Exteriores finlandês.
Em 2008, foi premiado com o Nobel da Paz pelo seu trabalho de mais de três décadas para prevenir e resolver conflitos internacionais e como mediador da paz.
Ahtisaari esteve envolvido na independência da Namíbia, nas décadas de 80 e 90; liderou o processo político para a criação de um Estado no Kosovo, após a retirada da Sérvia da região, na década de 90; e ajudou no acordo de paz entre o governo da Indonésia e a província de Aceh, em 2005. Ele também deu sua contribuição para a resolução de conflitos no Iraque, na Irlanda do Norte, na Ásia Central e no Chifre da África.
O diplomata será sepultado em um funeral de estado, segundo a CMI. A data será anunciada posteriormente.