Embaixador diz que Azerbaijão está aberto ao diálogo com Armênia
Em Brasília, Rashad Novruz rebate acusação de que seu país busca "limpeza étnica" com operações militares
O embaixador do Azerbaijão em Brasília, Rashad Novruz, falou ao SBT News sobre os ataques na região de Nagorno-Karabakh, de maioria étnica armênia. O Azerbaijão busca integrar a região separatista.
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Novruz rebateu as acusações de que seu país estaria conduzindo uma limpeza étnica e afirmou que o governo azerbaijani está disposto a dialogar com as lideranças armênias.
"Se o Azerbaijão tivesse de conduzir propositadamente e deliberadamente a política de limpeza étnica, o que faríamos? Em primeiro lugar, não permitiríamos a entrada das forças de paz e nem manteríamos elas na nossa região, porque não gostaríamos de agradar aos armênios. Nós não fizemos isso. Em segundo lugar, construímos as rotas para a comunidade arménia. Construímos as rotas. Assim, eles podem ter uma saída e entrada claras para todas as partes do Azerbaijão, oeste, parte ocidental e central", disse o embaixador.
Segundo o representante do Azerbaijão no Brasil, o alvo dos ataques não foi a população civil, mas os militares.
"Nossos militares tiveram alvo de uma precisão cirúrgica em meios militares, que estão localizados nas montanhas, fora das principais comunidades. Visamos precisamente aos seus meios militares. Então avançaríamos imediatamente com as nossas forças de segurança, estas antigas forças militares, com todo o nosso arsenal", declarou.
Confira:
Cessar-fogo
As Forças Armadas do Azerbaijão e os separatistas armênios de Nagorno-Karabakh chegaram a um cessar-fogo na 5ª feira (21.set).
Para Novruz, o que aconteceu foi uma "suspensão temporária". Segundo ele, o Azerbaijão está disposto a dialogar.
"Esta é a nossa boa vontade, é por isso que acreditamos que a paz é possível através de fortes garantias de segurança, que estamos prontos a dar à comunidade armênia, afirmando isso, porque consideramos que a maioria deles, talvez a maioria predominante deles, são nossos cidadãos, e podemos garantir-lhes os nossos direitos constitucionais, todos os direitos políticos, civis, cívicos, econômicos, sociais", disse.
Novruz completou: "Então, sim, acreditamos na trégua, no cessar-fogo, como vocês chamam, chamamos isso de suspensão, suspensão temporária, encerramento da operação antiterrorista".
Veja: