Lula afirma que vai cobrar do FMI e dos países ricos investimentos na África
"Angola sempre será nossa porta de entrada nesse continente", disse o presidente durante agenda no país, nesta 6ª (25.ago)
Em mais um discurso durante visita a Angola, o terceiro nesta 6ª feira (25.ago), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de coletiva de imprensa com o mandatário do país africano, João Manuel Lourenço.
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O petista disse que visita Angola "primeiro para pagar uma dívida que estava devendo ao presidente" e afirmou que, agora, o país africano faz parte do Sul global. "Ele foi ao Brasil na minha posse e foi solidário à tentativa de golpe frustrada no dia 8 de janeiro. Segundo porque o Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência de Angola", disse.
Lula criticou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que, na gestão passada, o Brasil deixou de ter relações com a nação africana. "Todos os governantes deram atenção a Angola e o Brasil teve forte política com Angola. Apenas nos últimos tempos, quando o país foi tomado pelo ódio, pela fake news e pela mentira, um presidente que não gostava de ninguém, Angola foi esquecida. E estou aqui hoje para dizer que o Brasil vai voltar ao continente africano. Quero visitar o máximo de países que puder visitar", completou.
O presidente brasileiro ainda afirmou que quer contribuir "de forma solidária" com a África. "Angola sempre será nossa porta de entrada nesse continente. Em 2025, completaremos 50 anos de relação. Espero que a gente esteja a 100 por hora na nossa economia, no cuidado com o povo, para que a gente possa dizer que vale a pena encontrar com os países do continente africano. Estou aqui para dizer ao povo de Angola que o Brasil voltou de verdade. Vamos tentar fazer o que for possível para que a gente volte a ter a mais produtiva e saudável relação com Angola", continuou.
Lula também afirmou que vai cobrar do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos países ricos "transformar a dívida dos países africanos em investimentos e obras de infraestrutura". "Meus amigos do FMI que se preparem. Para que o continente africano faça parte do Sul global, crescendo economicamente, distribuindo riqueza e gerando emprego", concluiu.
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