Junta militar do Níger quer processar presidente Bazoum por "alta traição"
Político continua detido na residência presidencial junto da esposa e filho
A junta militar do Níger, que tomou o poder do país no fim de julho, informou que pretende processar o presidente deposto Mohamed Bazoum por "alta traição" e "minar a segurança" do país. Em comunicado no domingo (13.ago), o coronel-mor Amadou Abdramane afirmou que o grupo já reuniu provas envolvendo Bazoum e possíveis cúmplices.
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"O governo nigerino reuniu, no dia de hoje evidências para processar o presidente deposto e seus cúmplices locais e estrangeiros junto às instâncias nacionais e internacionais competentes por alta traição e por minar a segurança interna e externa do Níger", disse.
Abdramane também comentou sobre a detenção de Bazoum - capturado pela Guarda Presidencial no dia 26 de julho. Segundo ele, o político ainda encontra-se na residência presidencial, junto da esposa e do filho, e está livre para se comunicar com o mundo exterior. O militar afirmou ainda que Bazoum recebe visitas regulares de médicos.
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Na última semana, a junta militar do Níger anunciou a formação do novo governo, rejeitando qualquer negociação internacional para deixar o poder. O anúncio foi feito horas antes da reunião da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), que aprovou o envio da chamada "força de prontidão"? para restaurar a ordem constitucional no país.
