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Ondas de calor como as registradas em julho serão cada vez mais comuns, sugere estudo

Relatório aponta que as mudanças climáticas são responsáveis pelo calor extremo vivido nos EUA e na Europa neste verão

Um novo estudo científico revela que as ondas de calor excepcionalmente fortes que assolaram diversas regiões do mundo neste mês estão sendo impulsionadas pelo acúmulo contínuo de gases do efeito estufa na atmosfera. Pesquisadores afirmam que essas condições climáticas extremas, como as vivenciadas no sudoeste dos Estados Unidos e no sul da Europa, são resultados principalmente da queima de carvão, petróleo e gás natural.

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Ainda segundo o estudo da Imperial College de Londres, essas ondas de calor intensas estão se tornando mais comuns, com potencial para se repetirem em intervalos cada vez menores. Segundo o relatório, a influência do dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa resultou em um aumento significativo da temperatura durante essas ondas de calor. O estudo aponta que a onda de calor europeia tornou-se 2,5º C mais quente, enquanto as ondas de calor nos Estados Unidos, México e China ficaram 2º C e 1º C mais quentes, respectivamente.

As regiões do Texas, Califórnia, Arizona, Novo México, Nevada, Baja California, Sonora, Chihuahua e Coahuila, nos Estados Unidos, enfrentarão, provavelmente, ondas de calor particularmente intensas a cada 15 anos no clima atual. Contudo, o clima ainda não está estabilizado, e um aquecimento adicional poderia tornar esses eventos ainda mais comuns, segundo o estudo.

Phoenix, por exemplo, registrou um recorde de 25 dias consecutivos com temperaturas iguais ou superiores a 43,3º C e mais de uma semana em que as temperaturas noturnas não baixaram dos 32,2º C. As regiões da Espanha, Itália, Grécia e alguns países dos Bálcãs provavelmente enfrentarão ondas de calor similares a cada década no clima atual, alerta o estudo.

Utilizando anéis de árvores e outros métodos de análise, os cientistas sugerem que o calor registrado neste mês é possivelmente o mais alto da Terra em cerca de 120.000 anos, destacando a excepcionalidade dessas condições climáticas extremas na história da civilização humana.

Friederike Otto, cientista do clima do Imperial College e líder da equipe de cientistas internacionais voluntários da World Weather Attribution, que conduziu a pesquisa, enfatiza que o papel das mudanças climáticas é esmagador na ocorrência desses eventos extremos.

* Com informações da Associated Press

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