Chance de El Niño intenso é de 56%, segundo agência americana
Fenômeno pode tornar superfície do mar muito mais quente do que a média, diz órgão
O El Niño tem 56% de chances de ser um evento forte, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOOA, em inglês), agência cientifíca vinculada ao governo americano. A NOOA ainda afirma que a probabilidade de o impacto ser moderado é de 84% e 12% de ser fraco.
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A cientista Emily Becker, responsável pela divulgação das estimativas, afirmou que "quando o El Niño é mais forte, gerando uma temperatura da superfície do mar muito mais quente que a média, ele tem uma maior influência na mudança da circulação global, tornando os padrões de impacto mais prováveis". Nesta semana, o Copernicus, Programa de Observação da Terra da União Europeia, divulgou que a superfície dos oceanos teve o mês de maio mais quente já registrado pela medição.
O El Niño provoca o aquecimento das águas do mar e muda o ritmos dos ventos, influenciando o clima e a umidade do mundo inteiro. No Brasil, fenômeno tem potencial de causar seca nas regiões Norte e Nordeste e aumenta o ritmo de chuvas nas partes Sul e Sudeste do país. Após 3 anos sob La Niña, fenômeno climático retornou nesta 5ª e pode provocar um calor recorde, de acordo com a NOOA.
Apesar de ser um fenômeno antigo e sem relação com a atividade humana, datado pela primeira vez no século 19, e acontecer periodicamente de dois ou sete anos, está associado a recordes de temperatura. Junto com o aquecimento global, a volta do El Niño pode fazer do período de 2023-2027 o mais quente já registrado, segundo a Agência Metereológica da ONU.
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