França promete continuar com reformas econômicas mesmo em meio a protestos

O ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, afirmou, nesta sábado (29.abr), que o governo continuará avançando com reformas econômicas. Segundo ele, o cenário ficou mais promissor com a nova classificação do Fitch Ratings, uma das três maiores agências de classificação de risco de crédito, que rebaixou a dívida do país.

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"Acredito que os fatos invalidam a avaliação da Fitch. Somos capazes de implementar reformas estruturais e continuaremos a implementar reformas estruturais para o país. Não duvidem da nossa total determinação em restaurar as finanças públicas. Provamos a nossa capacidade", disse Le Maire à agência France-Presse.

A declaração acontece em meio à impopularidade do governo francês após a aprovação da reforma da previdência. A medida precisou passar pelo Conselho Constitucional após ser deferida pelo presidente Emmanuel Macron sem o aval do Parlamento. Apesar de ter vetado alguns itens, a Corte aprovou o aumento da idade de aposentadoria, que passará de 62 para 64 anos até 2030.

A decisão aborreceu os franceses, que ficaram promovendo protestos e greves contra a reforma da previdência durante os três meses de discussão da medida. Para enfatizar ainda mais o descontentamento, os sindicatos franceses estão prometendo novas mobilizações no dia 1º de maio, quando é comemorado o Dia Internacional dos Trabalhadores.

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Além das paralisações no transporte público, voos, coleta de lixo e escolas, os franceses irão realizar passeatas, que poderão bloquear as principais estradas do país e provocar interrupções localizadas no tráfego. Em meio ao cenário, as prefeituras informaram que irão aumentar o número de policiais e esquemas de segurança pelas cidades.