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"É claro que queremos a paz" diz porta-voz americano sobre Ucrânia

Coordenador do Conselho de Segurança Nacional ameniza tom em relação a comentário de Lula sobre guerra

Washington DC - Em uma entrevista coletiva nesta 2ª feira (24.abr) o Coordenador de Comunicação Estratégica do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca John Kirby foi mais ameno em relação à semana passada quando comentou sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter dito que os Estados Unidos incentivam a guerra na Ucrânia ao enviar armas. "Com todo o respeito, é claro que queremos a paz e é claro que queremos que esta guerra acabe. Se a Rússia parar de atacar a guerra acaba. Se a Ucrânia parar de lutar, a Ucrânia acaba", afirmando que a segunda hipótese é totalmente inaceitável para o presidente Joe Biden. "Vamos fazer todo o possível para ajudar a Ucrânia a se defender, defender sua integridade territorial e soberania contra esta agressão russa", disse.

"Todos estamos de acordo aqui nos Estados Unidos que esta guerra tem que acabar e poderia acabar se o senhor Putin fizesse a coisa certa. Infelizmente o que ele está fazendo é persistir nesta guerra, quando invadiu a Ucrânia. Não vamos esquecer quem é o agressor: são o senhor Putin e a Rússia. Eles invadiram de uma forma totalmente nao provocada quando havia ainda soluções diplomáticas que deveriam ser exploradas e ele se recusou a fazer isso" disse Kirby. Na semana passada, dias depois das declarações de Lula na China, o porta-voz americano afirmou que o Brasil repetia como um papagaio discursos de propaganda russa.

+ Lula: Otan, EUA e UE devem "começar a falar em paz" na Ucrânia

Nesta segunda, Kirby não criticou qualquer comentário vindo do governo brasileiro mas pontuou que os Estados Unidos têm claro que nao é possivel falar em paz se a Rússia segue com a invasão injustificada : "Eles (russos) estão bombardeando as cidades ucranianas, bombardeando fábricas, estações elétricas e de fornecimento de água, matando civis mês após mês. Tudo indica que é o senhor Putin que persiste nesta guerra", disse.

Kirby ainda afirmou que quando os dois lados sentarem para conversar sobre um acordo de paz, o presidente Volodymyr Zelensky poderá fazer de uma posição de força. Reafirmou que os Estados Unidos estão extremamente comprometidos com a paz, mas que isso tem que ser feito de acordo com o desejo do presidente ucraniano e seu povo. "Damos as boas vindas a qualquer discussão crível sobre a paz mas isso precisa ser feito de uma forma sustentável e crível. Há que começar pela perspectiva ucraniana e seu povo", disse Kirby. 

+ Lula propõe criação de "G20" para mediar guerra entre Rússia e Ucrânia

Questionado pelo SBT se os Estados Unidos esperam uma mudança de visão de países latinos em relação ao conflito ou como lidarão com essas visões diferentes em relação a guerra, Kirby afirmou: "Líderes latinos e ao redor do mundo devem falar por eles próprios e pela população que eles representam. Queremos ver esta guerra acabar. Seria ótimo se nao tivéssemos que enviar outro pacote de ajuda à Ucrânia, infelizmente tivemos que fazê-lo e nao são apenas os Estados Unidos mas países ao redor do mundo. Mais de 50 nações enviaram algum tipo de ajuda à Ucrânia", completou. 

+ Assessor especial de Lula para assuntos internacionais vai visitar a Ucrânia

Kirby evitou comentar a presença de Lavrov na sede da ONU em Nova York afirmando que a delegação americana nas Nações Unidas é a fonte mais apropriada para falar sobre o assunto. O Ministro de relações exteriores russo presidiu a reunião do Conselho de Segurança (do qual o Brasil faz parte) no momento em que a Rússia deixa a presidência rotativa de um mês.

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