"John Wick 4 - Baba Yaga" leva ação a nível surreal

Esse é para quem gosta de ação ao extremo. Chega aos cinemas brasileiros nesta quinta (23) o quarto filme da franquia de Keanu Reeves. Em "John Wick 4: Baba Yaga", o astro enfrenta adversários durões e nos proporciona cenas de luta de tirar o fôlego. O SBT News foi à estreia em Los Angeles que teve dose extra de emoção já que o ator Lance Reddick, que interpretou Charon nos quatro capítulos da franquia, morreu na última 6ª feira (17.mar), poucos dias antes do lançamento do filme.

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Um espetáculo de ação com coreografias perfeitas, milimetricamente treinadas, como se fosse um balé violento intenso, em ritmo de um jogo, com várias fases que o matador de aluguel mais amado do planeta terá que superar. Tudo como se fosse um alucinante videoclipe de três horas de duração. Com embalo intenso da trilha sonora assinada por Tyler Bates, que trabalhou também em todos os filmes da franquia.

"Eu também faço as músicas, sejam originais ou covers, então foi muito trabalho. O Chad (diretor) trouxe novas ideias que nunca tinha ouvido, armas que não tinha ideias o que eram, então tentei criar novos sons e novas abordagens para enfatizá-los como parte da narrativa. Tem sido uma incursão realmente fascinante no mundo com o qual eu não estava familiarizado antes de entrar no primeiro John Wick", diz o compositor. 

Já o roteirista Michael Finch entrou pela primeira vez no universo de John Wick.

"Como em toda franquia, há as regras de seu mundo e isso são regras. Se você entrar nesse mundo, não quer quebrar essas regras. O que você vai fazer é adicionar algo a elas. Então, essencialmente, o que queríamos fazer era expandir um pouco o mundo e a sua profundidade, abordando alguns dos temas.  Neste quarto filme era hora de falar um pouco sobre consequências, mas também sobre amizade, fraternidade, os porquês, o que tudo isso significa, o que é tudo isso", nos contou Finch.

O cineasta Chad Stahelski saltou do mundo dos dublês para a direção. Depois de uma longa história fazendo as próprias acrobacias como, por exemplo, dublando Brandon Lee (inclusive após o acidente letal em "O Corvo" - 1994) e coordenar as cenas de ação de Keanu Reeves em "Matrix" (1999), entre outras dezenas de filmes, desde 2014 assina a direção da franquia. Daí a ação sem limites, disse Stahelski na estreia em Los Angeles.

Neste quarto capítulo, John continua em busca da liberdade, mas para isso precisa entrar em ação, tomar decisões, que nem sempre são as melhores. E o espectador o acompanha a vários lugares do mundo, com velhos e novos personagens, muita pancadaria, blocos de lutas explosivas que não acabam mais e cenas de tributos à sétima arte. 

"É muito especial. Eu amo este mundo de Wick, amo fazer esses filmes e já faz um tempo, mas espero que as pessoas gostem. Acho que ele está em uma jornada em busca de paz e liberdade pessoal. Há muito mais personagens neste filme, alguns amigos de John, nós saberemos um pouco mais sobre o passado dele e tem muita gente por aí, muita gente por aí. Mas sim, há muita ação, mas também é realmente uma história muito íntima, não apenas do meu personagem, mas de alguns outros também. Acho o filme engraçado e tem muita emoção também", contou o ator Keanu Reeves.

Homenagens

Na estreia em Los Angeles, o elenco também fez tributo e relembrou Lance Redikk. Ele estava, inclusive, no convite inicial da festa, mas faleceu dias antes da estreia.

"Lance era uma pessoa muito bonita, um artista especial. Ele tinha tanta paixão por seu trabalho e profissão. Era gentil, tinha dignidade e presença. E apenas por estar em sua vida e ter a chance de trabalhar com ele, vou levá-lo no meu coração pelo resto da minha vida", disse Keanu.

"Perdemos nosso irmão de uma maneira realmente chocante. Acho que ainda estamos em choque e felizes por estar aqui, o filme é ótimo. Ele está ótimo no filme. Esperamos que as pessoas gostem, dedicamos o filme a ele e sua família. A vida é difícil, às vezes", disse o ator Laurence Fishburne.