Representantes da ONU expulsam Irã da Comissão sobre Estatuto da Mulher
País foi criticado pela violação dos direitos do grupo feminino e pela brutalidade durante protestos
Representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) decidiram, na 4ª feira (14.dez), remover o Irã da Comissão sobre o Estatuto da Mulher. A medida, anunciada pela embaixadora dos Estados Unidos no grupo, Linda Thomas-Greenfield, acontece em meio à violação dos direitos das mulheres e da restrição à liberdade de expressão no país.
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"Após a morte de Mahsa Amini, milhares de iranianos disseram que basta. O povo saiu às ruas e fez ouvir a sua voz. Eles estão defendendo as mulheres, a vida e a liberdade. O governo iraniano respondeu com brutalidade e violência. Pergunte-se: por que eles querem estar em uma comissão que protege as mulheres? Tivemos que agir", disse Linda.
A diplomata citou ainda as milhares de detenções e as duas execuções públicas de civis que participaram dos protestos envolvendo a morte de Amini. O cenário confirmou os temores da ONU, que pediu, em novembro, pela libertação de todos os manifestantes, bem como pela instauração de uma investigação sobre o abuso de poder no país.
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"Esperamos que o que aconteça agora é que comecemos a ver algumas mudanças de comportamento. Vimos a decisão de dissolver a polícia moral. Eu não acho que isso vai mudar as coisas significativamente no terreno, mas espero que, no final, eles ouçam o Conselho e parem com essa brutalidade implacável", afirmou Linda.