"Que seu exemplo inspire os jovens", diz papa sobre nova beata brasileira
Isabel Cristina nasceu em 29 de julho de 1962, em Barbacena
O papa Francisco falou neste domingo (11.dez) sobre a beatificação da mineira Isabel Cristina, que ocorreu no sábado (10.dez) em cerimônia -- no Parque de Exposições Senador Bias Fortes, em Barbacena (MG) -- presidida pelo cardeal Dom Raymundo Damasceno, arcebispo emérito de Aparecida (SP). O pontífice abordou o tema após a oração do Angelus, no Vaticano.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"Ontem, em Barbacena, foi beatificada Isabel Cristina Mrad Campos. Esta jovem mulher foi morta em 1982 aos 20 anos de idade, em ódio à fé, por ter defendido sua dignidade como mulher e o valor da castidade. Que seu exemplo heroico inspire especialmente os jovens a darem testemunho generoso de sua fé e de sua adesão ao Evangelho. Um aplauso à nova Beata!", afirmou o papa.
Isabel Cristina nasceu em 29 de julho de 1962, em Barbacena, filha de José Mendes Campos e Helena Mrad Campos. Ela se mudou para Juiz de Fora (MG), em 1982, com o objetivo de se preparar em um curso pré-vestibular. Sonhava em ser pediatra para ajudar crianças carentes. Porém, em 1º de setembro daquele ano, um homem que havia ido montar um guarda-roupa no apartamento para onde ela tinha se mudado com o irmão, Paulo Roberto, tentou violentar a jovem. Ela resistiu. O homem deu uma cadeirada em sua cabeça. Além disso, a amarrou, amordaçou e rasgou as roupas dela. Isabel continuou resistindo, mas acabou sendo morta com 15 facadas.
Por causa da forma como ela morreu e principalmente o testemunho de fé que deu durante a vida, algumas pessoas entraram com o pedido de um processo para que ela fosse beatificada. Roma aceitou a solicitação. Assim, em 26 de janeiro de 2001, em Barbacena, o processo foi instalado, com o Vaticano concedendo a Isabel o título de Serva de Deus. Nos oito anos seguintes, na chamada fase diocesana, houve coleta de depoimentos e documentos, e digitalização e tradução do conteúdo para o italiano. Em outubro de 2020, o papa Francisco reconheceu, por meio de decreto, o martírio da jovem.
Veja também: