Presidente do Peru dissolve Congresso e anuncia "governo de exceção"
Pedro Castillo também convocou eleições e criou um toque de recolher no país
O presidente do Peru, Pedro Castilho, anunciou nesta 4ª feira (7.dez) que irá dissolver o Congresso Nacional peruano e iniciar um "governo de emergência exepcional. O líder do país ainda convocou novas eleições no país para promover uma mudança de Constituição.
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O movimento é visto como uma tentativa de golpe de estado pela imprensa peruana. Em vídeo compartilhado em redes sociais, o próprio Castillo afirma que o Congresso do país tem utilizado poderes para impedir o seu governo desde que ele tomou posse, em 2021. Ele também afirmou existir uma "ditadura parlamentar" e diz que os congressistas atuaram contra a democracia.
"Adversários políticos mais extremos se unem para fazer o governo fracassar para tomar o poder sem terem ganhado as eleições", declarou Castillo. "Tomamos a decisão de dissolver temporariamente o Congresso da República e instaurar um governo de emergência excepcional", afirmou em outro momento do vídeo.
Castillo ainda argumentou ter enviado ao Congresso mais de 70 projetos de Lei de interesses populares, sem que as propostas evoluíssem. Na publicação, ele cita a intenção em implantar uma reforma tributária e uma segunda reforma agrária, distribuição de gás, acesso livre à universidades e a criação de um Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A decisão de Castillo veio pouco antes de um terceiro pedido de impeachment que iria ser votado no Congresso peruano. Com alegação de que as acusações contra ele eram sem provas, o líder do país decidiu ir contra os parlamentares. Enquanto não houver uma nova eleição, ele afirma que as decisões políticas serão implementadas por meio de decretos policiais. O toque de recolher no país passa a valer nesta 4ª, a partir das 22h -- no horário local.