"Mundo não deve deixar Putin conseguir o que quer", diz chanceler alemão
Olaf Scholz voltou a criticar ofensiva na Ucrânia e alertou Rússia sobre ameaça nuclear
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, afirmou, nesta 2ª feira (5.dez), que, ao invés do que a Rússia esperava, a guerra na Ucrânia auxiliou na união dos blocos internacionais, como o G7, o G20 e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O cenário, segundo o líder, é um grande avanço para a segurança global e impulsiona o poder contra as ações do presidente russo, Vladimir Putin.
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"O mundo não deve deixar Putin conseguir o que quer. O imperialismo revanchista da Rússia deve ser interrompido", escreveu Scholz, em um artigo para a revista Foreign Affairs. "O impacto da guerra da Rússia vai além da Ucrânia. Quando Putin deu a ordem para atacar, ele quebrou uma arquitetura de paz europeia e internacional que levou décadas para ser construída", acrescentou.
O chanceler alemão ressaltou ainda que a recente retórica da Rússia sobre armas nucleares é imprudente e irresponsável. No texto, ele ressalta que a ameaça nuclear é inaceitável e que o uso dos equipamentos por parte de Moscou cruzaria uma linha vermelha que a humanidade traçou com razão. "Putin deveria marcar estas palavras", frisou.
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Scholz comentou ainda sobre a anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, que viola a lei internacional e a Carta da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo ele, a Alemanha e outros países estão dispostos em auxiliar as negociações de paz entre os países, mas, para isso, Moscou deve retirar as tropas das áreas e suspender a lei que integra as regiões ao país.