Escritório de Direitos Humanos da ONU pede que Irã liberte manifestantes
Civis foram detidos enquanto reivindicavam a morte de Mahsa Amini
O escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu, nesta 3ª feira (15.nov), que o Irã liberte imediatamente os manifestantes detidos durante os protestos contra a morte de Mahsa Amini. Segundo a entidade, ao menos 10 dos milhares de presos foram acusadas de crimes que levam à pena de morte.
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"Em vez de abrir espaço para o diálogo sobre queixas legítimas, as autoridades estão respondendo a protestos sem precedentes com crescente dureza", disse Jeremy Laurence, porta-voz do escritório. Ele reforçou que o governo iraniano deve retirar todas as acusações contra os envolvidos que protestaram pacificamente nas ruas.
A morte de Amini desencadeou uma onda de protestos no Irã, sobretudo na capital. Os manifestantes continuam exigindo esclarecimentos sobre o caso, uma vez que a jovem morreu três dias após ter sido detida por usar o hijab incorretamente. Apesar do governo afirmar que o óbito foi causado por "hipóxia cerebral", a família acredita que ela foi torturada.
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Em meio ao cenário, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu uma investigação independente sobre a morte da jovem. O diplomata também expressou preocupação com o aumento da violência e restrições devido às manifestações. No total, segundo organizações nacionais, os protestos já resultaram em 326 mortes.