Brasileiro que tentou matar Cristina Kirchner se nega a depor
Vice-presidente da Argentina também prestou depoimento e disse que não percebeu a tentativa de assassinato
Fernando Andrés Sabag Montiel, 35 anos, autor do atentado frustrado contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, se negou a prestar depoimento. Ele teria dito aos investigadores que só irá depor depois de ler o inquérito. As informações são do jornal La Nacion.
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Natural do Brasil, Sabag Montiel vive na Argentina desde 1993, e integra grupos de ódio e de ideais da ultradireita nas redes sociais. A inclinação criminosa é demonstrada por uma tatuagem no braço: um sol negro, símbolo neonazista e visto em construções nazistas da época da tirania de Adolf Hitler. Auxiliado pelo defensor de justiça Martín Hermida, ele admitiu em tribunal que a pistola calibre 32 usada por ele pertencia a outra pessoa, um vizinho que morreu há dois anos, mas se recusou a comentar suas inclinações políticas e sobre o dia do atentado.
Assim como Montiel, Cristina Kirchner também prestou depoimento na 6ªfeira (2.set), em sua casa, no bairro da Recoleta, em Buenos Aires. A governante relatou aos promotores que não percebeu que um homem havia apontado uma arma para ela e atirado, e que só teria tomado conhecimento da tentativa de assassinato depois.
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Cristina Kirchner sofreu um atentado na noite de 5ª feira (1º.set). Ela atendia apoiadores quando um homem se aproximou, apontou um revólver contra sua cabeça e tentou efetuar os disparos, mas a arma falhou. A ação foi rápida, mas filmada por militantes que estavam próximos à vice-presidente. A tentantiva de assassinato gerou repúdio e notas de solidariedade de líderes da América do Sul. Também foi assunto de destaque nos principais jornais do mundo.
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A Argentina vive sua pior crise econômica, agravada pela turbulência política e desentendimentos entre Kirchner e o presidente Alberto Fernández.