Mianmar condena líder deposta a 3 anos de prisão por fraude eleitoral
Aung San Suu Kyi já está em confinamento solitário desde junho por outros delitos
Um tribunal de Mianmar condenou, nesta 6ª feira (2.set), a ex-líder civil Aung San Suu Kyi a três anos de prisão por fraude eleitoral. A acusação se refere às eleições de 2020 e alega que mais de 11 milhões de votos irregulares foram descobertos pelo exército, que assumiu o comando do país, por meio de golpe, em fevereiro de 2021.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
A decisão acrescenta mais tempo de prisão aos 17 anos que Suu Kyi já cumpre por outros delitos, como corrupção. A ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 1991 está em confinamento solitário, desde junho, em uma prisão em Naypyidaw, capital construída pela ditadura militar anterior.
+ Cristina Kirchner sofre atentado na Argentina; suspeito seria brasileiro
As acusações contra a ex-líder são consideradas injustas por juristas e pela comunidade internacional, que enxerga apenas uma forma de militares legitimarem a tomada de poder de Mianmar. Apesar do exército prometer eleições para 2023, o golpe resultou em protestos violentos no país, deixando mais de 2 mil mortos e 15 mil detidos.