Londres vai oferecer nova dose de vacina da poliomielite para crianças
Paralisia infantil foi detectada em regiões da capital da Inglaterra; novos casos não foram registrados
Autoridades de saúde britânicas vão oferecer uma dose de reforço da poliomielite (paralisia infantil) para crianças de 1 a 9 anos em Londres. A ação foi anunciada após o governo encontrar evidências de que o vírus está se espalhando em várias regiões da capital, pesar de não confirmar nenhum caso da doença paralítica em pessoas.
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Em um comunicado feito nesta 4ªfeira (10.ago), a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido disse que detectou vírus da poliomielite, derivados da vacina oral contra a doença, em águas de esgoto de oito bairros de Londres, mas não identificou nenhum caso. "Isso garantirá um alto nível de proteção contra a paralisia e ajudará a reduzir a disseminação", disse a agência sobre a dose de reforço. A maioria das pessoas na Grã-Bretanha é vacinada na infância.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas uma em 200 infecções por poliomielite leva à paralisia; a maioria das pessoas não apresenta nenhum sintoma. A agência divulgou estar trabalhando em estreita colaboração com as autoridades de saúde dos EUA, Israel e OMS para investigar as ligações entre os vírus da poliomielite detectados nesses dois países.
"Sabemos que as áreas de Londres onde o poliovírus está sendo transmitido têm algumas das taxas de vacinação mais baixas", disse a Dra. Vanessa Saliba, epidemiologista consultora da Agência de Segurança da Saúde do país. "É por isso que o vírus está se espalhando nessas comunidades e coloca os moradores não totalmente vacinados em maior risco", completou.
A poliomielite é uma doença frequentemente espalhada na água, que afeta principalmente crianças menores de 5 anos. Ela foi exterminada principalmente dos países desenvolvidos, mas os surtos permanecem no Paquistão, Afeganistão e partes da África. Os sintomas iniciais incluem febre, fadiga, dor de cabeça, vômitos e rigidez muscular. Entre as pessoas paralisadas pela doença, a morte pode ocorrer em até 10% dos casos, quando seus músculos respiratórios ficam paralisados.
Em casos raros, o vírus vivo contido na vacina oral contra a poliomielite, usada no esforço global para erradicar a doença, pode sofrer mutação em novas formas potentes o suficiente para desencadear novos surtos. O esforço de reforço da vacinação em Londres usará vacinas contra a poliomielite que não apresentam esse risco.
*Com as informações, Associated Press
