China sobe tom e alerta que não vai tolerar "separatistas" taiwaneses
Governo voltou a reivindicar ilha e disse que não descarta reunificação por meio da força
A China subiu o tom contra Taiwan e alertou que adotará políticas de tolerância zero com "atividades separatistas" e que tomará a ilha à força, caso necessário. A declaração foi enviada às autoridades taiwanesas nesta 4ª feira (10.ago), que publicaram o documento para mostrar a intenção de invasão no país.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"Estamos preparados para criar um vasto espaço para a reunificação pacífica, mas não deixaremos espaço para atividades separatistas de nenhuma forma. Trabalharemos com a maior sinceridade e faremos todo o possível para alcançar a reunificação pacífica. Mas não renunciaremos ao uso da força", diz o texto.
A advertência de Pequim acontece poucos dias após o início dos exercícios militares ao entorno de Taiwan, organizados em resposta à visita da presidente do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, à ilha. Isso porque, embora não conteste a reivindicação da China, o governo norte-americano defende a soberania de Taiwan.
"Os exercícios militares de grande escala da China são uma séria provocação. A China tem usado a visita da presidente Pelosi a Taiwan como pretexto, mas está perseguindo suas verdadeiras intenções. Isso é fato A China declarou abertamente sua propriedade sobre o Estreito de Taiwan", disse o ministro de Relações Exteriores taiwanês, Jaushieh Joseph Wu.
+ Venezuela anuncia retomada de relações militares com Colômbia
"Em outras palavras, a verdadeira intenção da China por trás desses exercícios militares é alterar o status quo no Estreito de Taiwan e em toda a região. Isso já trouxe elementos significativamente instáveis para a mistura, ameaçando a segurança regional. As contínuas tentativas da China de intimidar Taiwan não nos assustarão, nem nos derrotarão", completou.