Silos voltam a desabar no porto de Beirute dois anos após explosão
Tragédia matou mais de 200 pessoas, deixou 6 mil feridos e arruinou bairros inteiros da capital do Líbano
Silos de grãos destruídos do porto de Beirute voltaram a desabar nesta 5ª feira (4.ago), há exatamente dois anos da explosão maciça que matou mais de 220 pessoas, deixou 6 mil feridos, e arruinou bairros inteiros da capital do Líbano.
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+ Parte dos silos do porto de Beirute desabam após incêndio
Danificados desde a explosão de 2020, os silos de 50 anos e 48 metros de altura vinham se inclinando lentamente há dias e o colapso aconteceu um pouco antes de centenas de manifestantes se reunirem do lado de fora do porto para marcar o segundo aniversário do desastre. No último domingo (31.jul), parte da instalação já havia desabado devido a um incêndio que atinge a estrutura há uma semana, sem que o Corpo de Bombeiros e Exército libanês consiga extingui-lo.
Segundo especialistas, o fogo é provocado pela fermentação dos grãos que ainda estão armazenados no local.
Muitos no Líbano, incluindo familiares das vítimas, têm exigido que os silos destruídos sejam mantidos para as gerações futuras como testemunho de uma explosão que eles dizem ter sido causada pela corrupção generalizada e má gestão na pequena nação mediterrânea.
Investigações sobre a tragédia revelaram que a substância causadora da explosão, o nitrato de amônio, -- material utilizado em fertilizante e altamente explosivo -- havia sido enviado para o Líbano em 2013 e armazenado inadequadamente em um armazém portuário desde então. Altos funcionários políticos e de segurança sabiam de sua presença, mas não fizeram nada.
Quatro ex-funcionários do governo chegaram a ser acusados por homicídio doloso e negligência, mas as investigações estão paradas desde então.
* Com informações da Associated Press