China inicia exercícios militares em seis áreas no entorno de Taiwan

O Exército da China iniciou, nesta 5ª feira (4.ago), exercícios militares "sem precedentes" em seis áreas no entorno de Taiwan. Segundo informações de jornais locais, as ações devem ocorrer até o dia 7 de agosto e incluem disparos com munição real nas águas e no espaço aéreo ao redor da ilha.

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As atividades acontecem um dia após a visita da presidente do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, à Taiwan, o que ampliou a tensão entre os países. Isso porque a China está reivindicando novamente a ilha, separada em 1949 devido à guerra civil. Embora não conteste a ação de Pequim, o governo norte-americano afirma estar "completamente comprometido por lei" em garantir que Taiwan possa se defender.

Em nota, as autoridades da ilha afirmaram que os exercícios militares da China violam as regras da Organização das Nações Unidas (ONU), uma vez que as forças invadem o espaço territorial da ilha e são um desafio direto à livre navegação aérea e marítima. A ação é classificada como "irresponsável e ilegítima" pelos políticos locais.

Desde o início do ano, tropas chinesas têm enviado dezenas de aviões militares à Taiwan para forçar a reunificação das duas regiões. O cenário, no entanto, vem ficando mais crítico à medida em que os Estados Unidos se pronunciam sobre o assunto, já que o governo alega que a ilha é parte do país e que "há apenas uma China no mundo".

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"A questão de Taiwan é a questão mais importante e mais sensível no cerne das relações China-EUA. O Estreito de Taiwan está enfrentando uma nova rodada de tensões e desafios graves, e a causa fundamental são os repetidos movimentos das autoridades de Taiwan e dos Estados Unidos para mudar o status quo", escreveu o governo.