Mudanças climáticas se tornaram "grito amargo" da Terra, diz papa
Em carta, Francisco volta a apelar que empresas extrativas deixem de poluir o meio ambiente
O papa Francisco voltou a comentar sobre a preservação do meio ambiente. Em carta divulgada nesta 5ª feira (21.jul), o pontífice classificou as mudanças climáticas extremas como um "grito amargo" da Terra, que vem sofrendo com a destruição de vegetação e o aumento das emissões de gases de efeito estufa.
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"Repito: quero pedir, em nome de Deus, às grandes empresas extrativas - mineiras, petrolíferas, florestais, imobiliárias, agro-alimentares - que deixem de destruir florestas, zonas húmidas e montanhas, que deixem de poluir rios e mares, que deixem de intoxicar as pessoas e os alimentos", escreveu Francisco.
No texto, o papa cita dois eventos fundamentais promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU): a COP27 sobre o clima, programada para novembro no Egito, e a COP15 sobre a biodiversidade, que será realizada em dezembro no Canadá. Francisco recorda ainda a adesão da Santa Sé ao Acordo de Paris, que prevê limitar o aumento da temperatura a 1,5°C até 2030.
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"É impossível não reconhecer a existência de uma dívida ecológica das nações economicamente mais ricas, que poluíram mais nos últimos dois séculos. Por outro lado, os países menos ricos não estão isentos de suas responsabilidades. É necessário agirem todos, com decisão. Estamos a chegar a um ponto de ruptura", alertou o pontífice.