Mundo tem 18 mortes e 920 casos prováveis de hepatite desconhecida
Segundo balanço da OMS, ocorrências são registradas principalmente na Europa
Mais de 900 casos de hepatite aguda de origem desconhecida já foram notificados no mundo. A informação foi divulgada no domingo (27.jun), pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, que também apontou para o registro de 18 mortes suspeitas da doença, todas em crianças, e 45 transplantes de fígado.
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Até o momento, a doença foi notificada em 33 países pertencentes à OMS. Grande parte dos casos prováveis notificados foi relatada na Europa, com 460 ocorrências. O segundo maior número foi registrado nas Américas (383), seguido pela Região do Pacífico Ocidental (61), Sudeste Asiático (14) e Região do Mediterrâneo Oriental (2).
Segundo testes laboratoriais, o adenovírus continua sendo o patógeno mais frequente detectado entre os casos com dados disponíveis. Na região europeia, por exemplo, o vírus foi identificado em 55% das ocorrências. O SARS-CoV-2 (covid-19) também foi detectado em vários casos, mas permanece com os resultados de sorologia limitados.
Análises preliminares mostram que o quadro clínico da doença consiste em inflamação do fígado e inclui elevada taxa de enzimas hepáticas, fraqueza, vômito, diarreia e dores abdominais. Alguns casos também provocaram insuficiência hepática e necessitam de transplante. A doença acomete, sobretudo, menores de idade.
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Pelas redes sociais, Adhanom informou que a OMS disponibilizou ferramentas para ajudar os países a responder aos casos e continuará investigando a causa da hepatite nas crianças. "A OMS recebe relatórios de hepatite inexplicável em crianças todos os anos, mas alguns países indicaram que as taxas que estão sendo vistas estão acima do esperado", disse.