Bolívia: Justiça condena ex-presidente Jeanine Añez a 10 anos de prisão
Ex-presidente é acusada de resoluções contra a constituição e incumprimento de deveres
A Justiça da Bolívia condenou a ex-presidente Jeanine Añez a 10 anos de prisão na noite desta 6ª feira (10.jun). Segundo o Tribunal de Primeira Instância de La Paz, ela é acusada de resoluções contra a constituição e incumprimento de deveres em seu envolvimento no golpe de 2019.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
O júri do caso começou no dia 28 de março. Em sua última ida ao tribunal, a ex-presidente afirmou que só assumiu o comando da Bolívia por causa das ameaças contra ela e sua família. "Havia um vazio de poder e eu também poderia ter dito, não me atrevo a assumir a presidência porque a minha vida e a da minha família estão em perigo. Em Trinidad ameaçavam queimar minha casa. Não movi um único dedo para assumir a presidência", alegou Añez.
No tribunal, ela -- que era senadora na época -- também afirmou que estava se retirando da política, contudo, em virtude da situação que a Bolívia atravessava, ela decidiu assumir a presidência. "Bolívia sabe que sou uma consequência do que aconteceu em 2019", pontuou a ex-presidente.
Segundo as denúncias, após a renúncia de Evo Morales em 10 de novembro de 2019, Añez assumiu a presidência de forma irregular, em conluio com as forças militares e a polícia. A ex-presidente já havia sido presa no dia 13 de março de 2021, acusada inicialmente de terrorismo, sedição e conspiração.
Veja também: