Brasil ocupa 110ª posição no ranking mundial de liberdade de imprensa
Número de países avaliados com um "bom ambiente" caiu de 26, em 2013, para apenas oito, em 2022
Um levantamento realizado pelo Repórteres Sem Fronteiras (RSF), divulgado na 6ª feira (6.mai), aponta que o Brasil está na 110ª posição no ranking mundial de liberdade de imprensa. O número, comparado com outros 179 países, representa o recuo de uma casa em relação ao ano de 2021, quando a nação ocupou o 111ª lugar da lista.
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No geral, apenas dois continentes, a América do Norte e a Europa, registraram um nível "bom" em relação à liberdade de imprensa. A Noruega, por exemplo, está em primeiro lugar do ranking, seguida da Dinamarca, Suécia, Estônia, e Finlândia. Por outro lado, nações como Rússia (155), China (175) e Coreia do Norte (180) se destacam entre os piores infratores.
Segundo o monitoramento, o número de países avaliados com um "bom ambiente" para a imprensa caiu de 26, em 2013, para apenas oito países, em 2022. Consequentemente, nações cujo ambiente de liberdade de imprensa foi classificado como "muito grave" aumentaram de 20 para 28 na última década.
Dos países latino-americanos, o que apresenta melhor classificação é a Costa Rica (8), seguido pela Argentina (29) e República Dominicana (30). Em uma situação "muito grave" estão Venezuela (159), Nicarágua (160), Honduras (165) e Cuba (171). Ao mesmo tempo, o México (127) continua sendo o país mais mortal para os meios de comunicação.
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Em 2021, a censura foi considerada a principal forma de violência contra a liberdade de imprensa, conforme dados da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Ao todo, foram identificados 140 casos ao longo do ano, representando 32,56% dos ataques à imprensa no período. Em segundo lugar ficou a descredibilização da imprensa, com 131 casos registrados, número que já estava em alta desde 2019.