Protestos contra aumento da inflação no Peru deixam 2 mortos
Pelo menos 14 pessoas ficaram feridas, nesta 4ª feira, durante confrontos entre manifestantes e policiais
Duas pessoas morreram e pelo menos 14 ficam feridas, nesta 4ª feira (06.abr), no Peru, em mais um dia de protestos contra o aumento da inflação no país, o que tem afetado o principalmente o preço de produtos como a gasolina, os fertilizantes e os alimentos em geral. Entre os feridos, estão 12 policiais, que estão gravemente feridos, segundo informações das autoridades locais.
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Ao todo, seis mortes já foram registradas nas manifestações, que ganharam força nesta 2ª feira (04.abr). A mais violenta aconteceu na cidade de Ica, a 300 quilômetros da capital Lima. A vítima era um trabalhador agrícola, que ficou gravemente ferido durante os confrontos entre manifestantes e agentes de segurança pública.
Os protestos levaram o presidente peruano, Pedro Castillo, a impor, de surpresa, toque de recolher no país, decisão que foi repudiada por diversos setores da população, além de políticos tanto da direita quanto da esquerda. A intenção era conter não apenas as manifestações nas ruas do Peru, mas principalmente, a paralisação de caminhoneiros, que bloqueavam a rodovia Pan-Americana, em Ica, onde operam grandes empresas do agronegócio peruano.
A medida chegou a levar, inclusive, à suspensão temporária da partida entre Flamengo e Sporting Cristal, pela Libertadores da América, que estava marcado para acontecer na capital peruana. Com a suspensão do toque de recolher, na noite de 2ª feira, o jogo foi mantido.
Esta é a primeira onda de protestos do governo de Pedro Castillo, presidente de esquerda que assumiu o poder há oito meses. A crise inflacionária acontece em um momento sensível do governo, que enfrenta uma queda vertiginosa em sua popularidade - hoje, estimada em 25%.
Castillo, que já sobreviveu a duas tentativas de impeachment, tenta lidar com as críticas da população rural do Peru, que, no ano passado, representou sua maior base de apoio durante as eleições.
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