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Mais de 1,7 mil manifestantes contra guerra são presos na Rússia

Expatriados vivem a dor da guerra como se estivessem em casa

Os protestos contra a invasão da Ucrânia se espalham pelo mundo, inclusive na própria Rússia, onde, de acordo com a OVD-Info -- um grupo russo de direitos humanos que monitora prisões políticas --, 1.745 manifestantes foram presos, sendo pelo menos 957 em Moscou e os demais em outras 53 cidades.

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Esses dados foram divulgados pela agência de notícias Associated Press. Expatriados vivem a dor da guerra como se estivessem em casa. Ucranianos se reuniram na porta da residência oficial do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, em Londres. Protestaram também na embaixada russa em Istambul, na Turquia, e cantaram o hino do exército ucraniano em Roma, na Itália, e em Beirute, no Líbano.

Em todos esses atos na Europa foram levados bandeiras da Ucrânia e cartazes. No de Londres, ao menos um exibia a frase "Stop Putin" (Pare Putin, em inglês), em referência ao presidente da Rússia, Vlamidir Putin. No do Líbano, um exclamava: "Leave us alone!" (Nos deixe em paz). De Moscou, segundo a Associated Press, Tatyana Usmanova, uma ativista de oposição ao governo, escreveu que imaginou estar sonhando quando acordou, pela manhã, e viu a notícia da guerra, classificada por ela "como uma desgraça que está para sempre conosco agora".

"Quero pedir perdão aos ucranianos. Não votamos naqueles que desencadearam a guerra", disse Usmanova também. Russos assinaram cartas abertas e petições online exigindo que o governo suspendesse o ataque ao país vizinho, quando este já estava em andamento. Um das petições, feita por Lev Pnomavyov, um defensor dos direitos humanos, diz a AP, ultrapassou 330 mil assinaturas. Uma carta aberta foi assinada por 250 jornalistas, outra, por 250 cientistas, e uma terceira, por 194 integrantes do conselho municipal em Moscou. A agência acrescenta que manifestações contrárias à invasão russa vieram também de diversas celebridades e figuras públicas do país, entre elas colaboradores da TV estatal.

Em comunicado divulgado na tarde desta 5ª feira, falando sobre as convocações para os protestos contra ação na Ucrânia, o Comitê de Investigação da Rússia diz que "os convites à participação e participação direta em eventos não autorizados de acordo com o procedimento estabelecido acarretam graves consequências jurídicas". "A lei prevê punições severas para a organização de tumultos em massa, bem como para a resistência aos policiais. De acordo com o Código Penal da Federação Russa, as pessoas que cometeram esses atos ilegais podem ser presas. Deve-se ter em mente que a presença de um registro criminal acarreta consequências negativas e impactos na vida posterior. Todos esses delitos, como antes, receberão uma avaliação legal adequada, e as pessoas que cometeram ações ilegais serão punidas apropriadamente", completa.

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