EUA e Rússia marcam encontro para diminuir tensões com a Ucrânia
Conversa diplomática, no entanto, depende da desescalada russa na fronteira ucraniana
Membros dos governos da Rússia e dos Estados Unidos confirmaram, nesta madrugada (18.fev), um encontro diplomático na próxima semana para tentar amenizar as tensões com a Ucrânia. A reunião, proposta por Washington, deve acontecer entre o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"Os russos responderam [sobre o encontro] com datas propostas para o final da próxima semana, que aceitamos, desde que não haja invasão russa da Ucrânia", anunciou o porta-voz do chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Ned Price. "Caso a Rússia invadir a Ucrânia, ficará claro que o governo nunca levará a diplomacia a sério", frisou.
Também foram propostas reuniões entre o Conselho da Rússia, Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e Conselho Permanente da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa. As conversas, segundo Price, podem servir para reduzir a crise internacional e gerar acordos para a segurança de todas as partes.
Apesar do presidente russo, Vladimir Putin, anunciar a retirada parcial das tropas da fronteira com a Ucrânia, líderes mundiais identificaram, até o momento, um baixo recuo da força militar. Com isso, a comunidade internacional segue alertando o governo russso sobre graves consequências, em caso de conflito, e apela para uma solução diplomática.
+ Parlamento russo pede que Putin reconheça áreas separatistas da Ucrânia
A força de segurança nacional dos Estados Unidos calcula que mais de 100 mil soldados foram posicionados na fronteira, além de tanques de guerra e armamento militar. Mesmo declarando pretensão de manter os esforços diplomáticos, Putin afirmou que os próximos movimentos da Rússia dependerão de como a situação evoluir diante das discussões com a OTAN.
Leia também
+ "Somos solidários à Rússia", diz Bolsonaro na abertura de reunião
+ OTAN expressa otimismo sobre Ucrânia após retirada parcial de tropas russas