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Mundo em transformação: saiba o que esperar da tecnologia em 2022

Muitas mudanças rápidas e inovações devem surpreender os brasileiros neste novo ano

Um ano intenso com muitas transformações e eventos inesperados. Um período em que 'sair da casinha' foi quase uma normalidade em tempos de pandemia e mudanças de comportamento. 

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Desde março de 2020, quando a Organização Mundial da Saúde declarou a pandemia do coronavírus, até o momento em que estamos -- como este em que você lê este texto --, nos deparamos com mudanças que jamais esperávamos em nossas vidas.

Porém, não é só isso. As mudanças estão acontecendo de tal forma, que muitas vezes, sequer conseguimos acompanhar. Estas transformações inesperadas podem mudar para sempre a forma como nos vivemos, alimentamos, comunicamos, vestimos e nos comportamos diante dos desafios vida.

Por isso, a reportagem do SBT News quis entender o que pode acontecer neste ano que começa e conversou com especialistas para tentar entender o que vai ser de 2022 (e além) no mundo da tecnologia e inovação. E como estas mudanças podem impactar na vida de todos nos próximos 12 meses.

A reportagem conversou com Peter Kronstrom, head do Copenhagen Institute for Futures Studies Brasil (CIFS Brasil), think tank dinamarquês independente que atua desde 1969 a entender o futuro da humanidade, que mantem um escritório com pesquisadores no Brasil.

Também foi ouvido Lucas Cabral, pesquisador da área de educação e tecnologia do Instituto Tecnologia e Sociedade Rio de Janeiro (ITS Rio). Ambos comentaram sobre quais tecnologias e inovações que vão se destacar no ano que começa.

E na perspectiva da inovação, o professor André Felix Cardoso, coordenador do curso de MBA em Inovação da Universidade Federal de São Carlos (MBI/UFSCar) traz um olhar sobre como que as novas tecnologias podem gerar impacto em 2022.

Peter Kronstrom, do CIFS Brasil, observa que os principais setores que devem se destacar neste ano são o futuro da conectividade, a internet das coisas (IoT), robótica, cloud computing, tecnologia Crispr, programação e o trabalho.

Futuro da conectividade pelo 5G e cidades inteligentes

Conectividade vai facilitar serviços nas grandes cidades e organizar a vida na sociedade | Pixabay

O especialista do CIFS Brasil aponta que a conectividade vai ser facilitada pela nova tecnologia 5G, que deve ser implantada neste ano no país e, com isso, trazendo novas possibilidades tecnológicas na vida cotidiana da sociedade, gerando impacto desde a vida nas cidades, indústrias, economia, como, por exemplo, a automatização de processos. No cenário da própria instituição da Dinamarca, um estudo aponta que até o ano de 2025, 50% das atividades econômicas serão automatizadas por conta da transformação digital que já vem ocorrendo.

"Novas soluções que usam mais banda larga, facilitando com a chegada do 5G. Desde IoT, robótica e automação vão ser também facilitado pelo 5G. Esta área em 2022 que terá um novo tipo de aplicativo, como reconhecimento de imagens, e também vamos seguir vendo inteligência artificial cada vez mais. As cidades vão estar mais conectadas, as smartcities, os processos serão automatizados", explica Kronstrom.

Além disso, a conectividade vai facilitar na expansão da internet das coisas, o uso cada vez mais intenso de aplicações inteligentes para melhorar a vida das pessoas e no aumento da mobilidade eletrificada com o uso de veículos elétricos nas cidades, além de otimizar a gestão das cidades por meio do uso de novos dispositivos e computadores inteligentes para facilitar a resolução de problemas em grandes metrópoles.

"No nosso dia a dia vamos ter cada vez mais aplicações de IoT, como sensores de casa, cidades inteligentes, casa inteligente, carro inteligente e também mobilidade eletrificada. Vamos ter o aumento de uso de carro elétrico e veículos elétricos. Com 5G teremos novas aplicações como controle de espaço e de circulação de pessoas, vamos ver essa aplicação na infraestrutura distribuída. E vamos ver comunicação entre os nossos próprios dados e o ambiente que está se movendo".

E para isso, Kronstron acredita também que há uma necessidade de que existam parcerias público-privadas para decidir como buscar formas seguras de compartilhar os dados entre as empresas e organizações para desenvolver soluções em cima destes dados produzidos na sociedade, para acontecer um desenvolvimento mais justo.

Programas na nuvem, edição genética e programação sem programar

Edição genética pode melhorar a qualidade de vida do ser humano | National Cancer Institute/Unsplash

Além disso, Peter Kronstrom explica que com a tecnologia da computação em nuvem, ou seja, os programas de computador não precisam ser instalados em máquinas específicas, mas todos poderão acessar os serviços de forma imediata na internet, trazendo assim facilidade e flexibilidade aos seres humanos e empresas. Com isso, prometendo serviços mais ágeis, com qualidade, evitando morosidade e trazendo a premissa de mais eficiência para as pessoas que querem resolver seus problemas.

"Uma coisa também é o futuro distribuindo, como cloud computing, tudo na nuvem, tudo ficando na nuvem e dando flexibilidade aos seres humanos e as empresas", diz.

No entanto, uma outra novidade que pode ganhar cada vez mais evidência neste ano é o que o especialista do think tank dinamarquês chama de 'biorrevolução'. Neste caso, é o uso da tecnologia Crispr, no inglês Clustered Regularity Interspaced Short Palindromic Repeats, ou Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespaçadas. Esse palavrão que você acabou de ler se resume basicamente em edição genética.

Ou seja, usa porções de um DNA e nele são feitas alterações para trazer melhorias biológicas em plantas, animais e até mesmo humanos. Para Kronstrom, a tecnologia genética já é realidade no agronegócio, com a modificação de plantas e alimentos que são resistentes a mudanças climáticas e a pragas. No entanto, esta tecnologia pode trazer benefícios também na saúde veterinária e na saúde humana para trazer melhor qualidade de vida e longevidade.

"Eu acho que estamos vivendo uma biorrevolução. Vamos ver o uso da tecnologia Crispr e máquinas biológicas. Agronegócio, saúde em humanos e saúde veterinária, fazendo edição de genes, sendo uma solução, vinculado em DNA e será cada vez mais avançado", explicou.

Diante dos desafios da demanda cada vez maior de especialistas em tecnologia da informação, especialistas em código, e do déficit de profissionais, uma solução cada vez mais procurada também será o desenvolvimento de aplicações que farão programação. Sim, aplicativos que programam aplicativos. E isso pode ser uma boa oportunidade para dar mais espaço para os humanos focarem em trabalhos mais criativos e menos automatizados. Para Peter, este tipo de trabalho pode ser uma solução importante para que os humanos tenham mais espaço para trabalhos artísticos e de desenvolvimento intelectual.

"Vamos ter aplicativos que farão programação, dando mais espaço para os humanos ter mais tempo de fazerem mais coisas mais artísticas, como arte e design. Vamos ter programas que farão programação", ressalta o especialista do CIFS Brasil que também detalha que este tipo de atividade ficará com custo cada vez menor e que isso trará vantagens e benefícios que vão ajudar a entender com mais profundidade o entendimento sobre a humanidade, passando pela revolução da medicina, passando pelo meio ambiente, trazendo uma visão sobre a natureza que nos cerca.

"O custo de fazer mapeamento de DNA e mapeamento de vírus vai ser cada vez mais barato. A inteligência artificial e algoritmos avançados vão ajudar muito a entender o microbioma humano ou microbioma da Terra. A tecnologia vai nos ajudar a entender cada vez mais o que é o ser humano e isso está sendo pesquisado em todas as universidades e não só apenas na medicina. E é entender a complexidade de nosso sistema no nível micro. Podemos dizer que vai ser a aplicação de tecnologias que vão ajudar a entender tudo isto em um grau que vai revolucionar o futuro da medicina", completa.


Lucas Cabral, do ITS Rio, observa para este ano os temas inteligência artificial, metaverso, privacidade e segurança online no setor público, 5G, automação, transformação digital e futuro do trabalho.

Inteligência artificial, conteúdo e democracia

Para o especialista do ITS Rio, a democracia está no alvo da inteligência artificial. As campanhas eleitorais utilizarão desta tecnologia, com marketing direcionado para poder atrair potenciais eleitores, além disso, o conteúdo online também será moderado por meio da IA, o que pode ajudar a restringir campanhas que podem ser nocivas ao público ou que possam afetar um processo eleitoral. A rede social Facebook já faz o uso de inteligência artificial para restringir campanhas.

"A moderação de conteúdo online, por exemplo, porque o Facebook agora utiliza algoritmos para fazer certas restrições em algumas campanhas. Então, essa é uma principal tendência e uma principal angústia da sociedade na nossa visão", explica Cabral.

Metaverso e criptomercado

Neste ano, o metaverso trará mais novidades e as pessoas começarão a ingressar o novo universo digital | Unsplash

O metaverso não poderia deixar de ficar de fora da lista. Pois, já é encarado como uma realidade e que aos poucos as pessoas vão começar a ingressar na nova tecnologia. "Ele vai ser uma tendência não só para 2022, mas pro resto da vida", detalha o especialista do ITS Rio, que também diz que o metaverso não é apenas mais um jogo, mas a tecnologia vai ser observada também pelo prisma dos possíveis problemas que podem causar neste novo tipo de ambiente, como, por exemplo, além da conexão entre as pessoas, como que será a implantação de campanhas publicitárias para crianças, qual tipo de conteúdo será adicionado neste ambiente, como será a moderação de conteúdo e entre outras questões importantes.

"Lá já teve até um metaverso que foi banido da internet porque estava fazendo propagandas nazistas. A gente tá prevendo que uma tendência para este ano será as questões regulatórias dentro do metaverso enquanto as pessoas não conseguirem ver esses problemas sociais e regulatórios, a gente não vai construir um metaverso saudável", conta.

Além da questão da moderação de conteúdo, outro ponto destacado pelo pesquisador do ITS Rio é o fato de pessoas também ganharem dinheiro monetizando conteúdo dentro do ambiente virtual, como os NFTs, para criar mais tokens e gerar renda.

"Virando meio que uma profissão também, porque, agora você consegue usar o seu computador para minerar NFTs. E isso está se transformando no mercado de jogos incrível, as pessoas estão jogando o jogo para ganhar moeda e fazer uma renda extra. Então tem muitas questões ligadas a NFT que vão surgir forte. Porque agora ficou cada vez mais fácil, né? Cada vez mais fácil você criar um token, comprar um token, você comprar e vender criptomoeda, isso está ficando muito fácil de fazer. Então, quanto mais fácil fica, mais pessoas usam", argumenta Cabral.

No entanto, para isso, o pesquisador do ITS Rio também alerta que para fazer o uso adequado do metaverso e até mesmo ganhar dinheiro, é necessário cautela e saber se comportar no mundo digital para evitar erros que podem causar prejuízos irreparáveis. "Às vezes a pessoa bota toda a economia da vida dela lá e ela não sabia dos riscos que isso poderia ter", diz. "A gente precisa ensinar as pessoas a se comportarem nesse mundo digital", completa.

Privacidade e segurança online nos serviços públicos

Outro ponto destacado pelo especialista do instituto de tecnologia é sobre a questão da privacidade, segurança online no setor público. Isso acontece por causa dos ataques de ransomware -- sequestro do acesso ao sistema, até que o dono ou a empresa dona do sistema atingido pague um preço exigido pelos criminosos para reaver acesso --, bem como o ataque ao sistema ConecteSUS, que prejudicou o acesso ao comprovante de vacina por vários dias, golpes, phishing (roubo de informações sensíveis como senhas e dados privados) e outros tipos de invasão que podem gerar vazamento de dados e prejudicar as pessoas que podem ter as informações utilizadas por criminosos para crimes como fraudes bancárias, compras e entre outras irregularidades.

Brasileiro carece de educação digital adequada para usar a internet | Unsplash

"A gente tem que ter a noção que o Brasil não tem uma educação tecnológica, nem financeira muito boa como base. Então, as pessoas tendem a cair mais em golpes", resume Cabral.

Para isso, o especialista do ITS Rio destaca que há uma urgência da educação midiática, ou neste caso, letramento digital, onde as pessoas possam aprender a ter cuidados e saiba se comportar no mundo digitalizado, para que ela não seja vítima dos golpes na rede.

5G, acesso para todos e futuro do trabalho

O 5G também entra na lista de tendências do especialista do instituto reforça que haverá um aumento da conectividade na internet. Porém, com ressalvas importantes. Pois, o acesso não será imediato, devido ao custo dos smartphones que tem a nova tecnologia. Não há telefones de entrada com acesso ao 5G e isso pode gerar um abismo social, separando quem pode ou não usufruir dos benefícios da internet rápida. Este ponto é um tema sensível que os pesquisadores do ITS Rio destacam em seus levantamentos.

"O quanto isso vai ser acessível, será que as pessoas vão conseguir ter um smartphone que tem a capacidade de 5G? Não é um telefone de entrada, não é o telefone que tem a conexão 5G. É geralmente um intermediário para cima. Então, a uma tendência que a gente vê forte é a questão do 5G ligado a acessibilidade e conectividade, que é uma pessoa ter os meios de acesso para entrar dessa também nessa nova tem dessa nova onda. Da internet é mais rápida mais veloz mais dinâmica", dissertou.

Lucas também concorda que questões sobre automatização dos processos, transformação do mundo digital e o futuro do trabalho também são pontos importantes para se observar em 2022. Pois, o próximo passo depois de automatizar os processos, seria a criação de uma renda universal para que os trabalhadores que perderem seus empregos para as máquinas não fiquem desamparados durante das transformações rápidas e crescentes que a tecnologia vem trazendo na economia, impactando de forma severa a sociedade. Este ponto é uma questão observada de perto pelo pesquisador do ITS Rio.

"Como é que vai ser esse futuro onde as máquinas trabalham, será que vai existir uma renda Universal que nem tão falando lá na Alemanha, será que vai acontecer alguma coisa? Como é que a gente vai se virar nessa transformação do mundo digital e como é que ficam as questões trabalhistas disso então esse é uma tendência que está bem forte também", finaliza Lucas Cabral.


Para André Felix Cardoso, da UFSCar, questões sobre deep learning, machine learning, internet rápida e a expansão das capacidades humanas por meio do transhumanismo serão focais para a tecnologia para este ano. No entanto, ressalta prudência diante do entusiasmo com as novas tecnologias e as prioridades dos desafios que já estão impostos para busca de soluções pela humanidade. 

Internet como catalizador de tecnologias

Internet mais rápida e eficiente pode alcançar usuários de regiões mais remotas do planeta | Unsplash

A velocidade da internet pode ser um catalisador para gerar mais acessibilidade e inclusão para pessoas e alcance de regiões mais remotas. E isso pode ser impulsionado com o avanço da tecnologia do metaverso, inteligência artificial e o 5g, assim, puxando outras inovações como o deep learning e o machine learning, que possibilitam o aprimoramento e desenvolvimento das máquinas para resolução de problemas e execução de tarefas repetitivas, deixando o ser humano livre para atividades mais complexas.

"Acho que essa história do metaverso vai possibilitar convergência de tecnologias, isto é, havendo uma infraestrutura de internet adequada, como a internet 5G, por exemplo, que é uma tendência também. A gente espera para 2022 também a internet via satélite, como o Starlink, que é uma plataforma capaz de gerar convergência técnica de outras tecnologias como, por exemplo, as criptomoedas, metaverso inteligência artificial, machine learning, deep learning, internet das coisas dentro desse contexto de internet rápida e acessível. Então, talvez, a gente vá ter maior acessibilidade e inclusão de regiões mais remotas", explica Cardoso.

Além disso, Cardoso detalha que a tecnologia pode ser usada para ajudar, assim como para prejudicar. Logo, o especialista da UFSCar aponta que é necessário prudência na implantação das novidades perante os desafios da sociedade atual. 

"Há problemas éticos e filosóficos tanto no metaverso como no transhumanismo. Não sou entusiasta dessas tecnologias pois vejo um avanço de consciência e consequentemente ético da nossa sociedade muito aquém do avanço tecnológico. Tecnologia é meio e não fim, e pode ser usado tanto para ajudar o ser humano como para prejudicá-lo. Sendo que o segundo caso, frequentemente, não necessariamente é intencional", explica e ressalta também que estas novidades sem sua finalidade esclarecida pode ser uma fuga diante dos verdadeiros desafios que precisam ser encarados e resolvidos. 

"Isso tem potencial para ser mais uma fonte de escapismo da realidade que reclama atenção para desafios reais e muito maiores, como os desafios climáticos globais, econômicos e de relacionamento com as pessoas do nosso entorno", completa.

Aprimoramento humano: pós-humanismo ou transhumanismo

O transhumanismo pode elevar o ser humano a um novo patamar: o pós-humanismo | Unsplash

O aprimoramento humano também pode ser o assunto em mais evidência neste ano para o universo da tecnologia e inovação. Neste caso, o transhumanismo, que tem por objetivo transformar a condição humana com uso de tecnologias que possibilitem a expansão das potencialidades e capacidades humanas, deixando em segundo plano a evolução biológica, chegando ao patamar de pós-humano. Este tema também pode ser alvo de holofotes em 2022.

"Também pesquisada e desenvolvido é a história do transhumanismo, pelas empresas do Elon Musk, como a implantação de chip no corpo humano. Até se fala em um chip implantado no cérebro humano, mas na minha opinião, isso não é uma coisa para agora. Isso é uma coisa que está sendo pesquisada, tem varias questões éticas muito profundas. Mas, a gente sabe que está acontecendo investimento neste sentido aí com muitas promessas", conclui o professor.

Como fica a humanidade diante disso tudo? Adaptação e reinvenção!

A humanidade ainda passará por transformações na tecnologia antes do foco ser totalmente direcionado no ser humano | Unsplash

Apesar das grandes transformações que vem por acontecer neste ano que começa, para Peter Kronstrom, head do CIFS Brasil, o ser humano tem uma grande capacidade de adaptação e isso vai ser fundamental para sua reinvenção diante do fim dos empregos tradicionais e o aumento constante da automatização de vários tipos de trabalhos considerados repetitivos. O ser humano ainda não será totalmente o foco para 2022 devido à implantação das tecnologias que vão fazer a automatização de processos, como a inteligência artificial e o aumento da conectividade. No entanto, serão os primeiros passos para a melhora significativa para a vida em sociedade nos próximos anos.

"Talvez ainda não terá tanta atenção e visibilidade para o ser humano em 2022. Mas, vamos ter novos potenciais que estão surgindo com o futuro da conectividade e a inteligência artificial. Aí vamos começar a perceber algumas das novas fronteiras do nosso mundo que vão ampliar em termos de automatização e vai facilitar a nossa vida e facilitar nossa sociedade em um grau que vai ser muito mais extenso", alega Kronstrom.

Perguntado sobre como ficaria essa fase de transição tumultuada diante de uma pandemia, crescentes problemas econômicos gerados pela transmissão do coronavírus mundo afora, além da evolução exponencial e disruptiva dos processos de produção que vem exterminado empregos e, assim, por tabela, aumentando no grau evidente a crise econômica e social em vários países, com crescentes índices de desemprego, fome e miséria. Para Peter, uma das soluções já existe, a implantação da renda universal, que não deixa de ser uma tecnologia.

É uma tecnologia social, que pode ser uma barreira de proteção diante das rápidas transformações no universo do trabalho, auxiliando as pessoas a se adaptarem as mudanças sem que passem por dificuldades. E este experimento econômico pode ser uma estratégia a ser avaliada, além de outras alternativas que podem ser encontradas no meio do caminho. Ao mesmo tempo, o head da CIFS Brasil explica que a pandemia do coronavírus acelerou o futuro e mostrou que o ser humano é adaptável e se reinventa, como o aprendizado de uso da internet.

"Eu acredito que alguns países vão fazer experimentação com a renda universal e a gente está com dificuldade de ver o que vai ser viável nos próximos 10 anos. A pandemia nos mostrou que o ser humano é muito capaz de se adaptar e se virar e se reinventar. E eu acho que a pandemia acelerou o futuro e acho que a pandemia deu uma acelerada no ser humano. Nós aprendemos a usar muito mais nossos celulares, nossas redes sociais para fazer compras, para fazer pedidos, entrega e delivery. Toda transformação digital aconteceu muito rápido", resume Kronstrom.

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