Justiça dos EUA exonera 2 homens condenados pela morte de Malcolm X
Decisão foi baseada em novas evidências que provaram a inocência dos acusados
A justiça dos Estados Unidos concedeu, na 5ª feira (18.nov), a exoneração de dois dos três acusados de assassinar Malcolm X, ativista e ícone dos direitos civis, em 1965. A decisão foi tomada pela juíza Ellen Biben, depois que promotores e advogados dos acusados apresentaram novas evidências mostrando que os homens não estavam envolvidos no crime.
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"O evento que nos trouxe ao tribunal hoje nunca deveria ter ocorrido", disse Muhammed Aziz ao tribunal. "Sou um homem de 83 anos que foi vitimado pelo sistema de justiça criminal", completou. Ele e Khalil Islam foram presos duas semanas após a morte de Malcolm X, mas sempre alegaram não ter relação com a morte do ativista ou com Mujahid Abdul Halim, que confessou o crime. Em 1980, os dois homens foram sentenciados à liberdade condicional. Islam morreu em 2009.
Malcolm X ganhou destaque nacional como a voz da Nação do Islã, exortando o povo negro a reivindicar seus direitos civis pela igualdade racial nos Estados Unidos. Ele foi morto a tiros, aos 39 anos, enquanto se prepara para fazer um discurso em Nova York, em fevereiro de 1965.
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Após a decisão, muitas pessoas se pronunciaram, inclusive o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, dizendo que o público merecia mais respostas. "Espero que isso não encerre a discussão", disse o prefeito. "Para milhões e milhões de americanos, ainda precisamos saber quem matou Malcolm X e quem o ordenou."