Casos e mortes por covid-19 disparam no Leste Europeu
Países da região tem baixa procura por vacinas e governos impõem novas restrições
Fila de espera para a realização de testes, hospitais cheios de pacientes com falta de ar, unidades de terapia intensiva com lotação máxima, equipes médicas exaustas e disparada no número diário de mortes por covid-19. O cenário, enfrentado por vários países da Europa Ocidental durante todo o ano de 2020 e nos primeiros meses de 2021, agora é a realidade de grande parte do Leste do continente.
A região, que registrava índices considerados controlados da doença até poucas semanas atrás, agora vive uma explosão de contaminações. Romênia, Bulgária e Ucrânia, por exemplo, vivem atualmente o pior momento da pandemia. Na Rússia, a situação é parecida: recordes consecutivos de casos e mortes em um nível nunca antes visto.
Um dos motivos que, segundo os especialistas, ajudam a explicar a atual realidade desses países é o baixo índice de vacinação. Dados do site Our World In Data, atualizados nesta segunda-feira (25.out), mostram que a porcentagem da população completamente imunizada nas maiores nações da Europa ocidental é muito superior à dos países do leste europeu:
. Portugal (86,8%) . Rússia (32,8%)
. Espanha (79,6%) . Romênia (30,7%)
. Itália (70,8%) . Moldávia (21,1%)
. França (67,5%) . Bulgária (20,9%)
. Alemanha (65,6%) . Ucrânia (16,1%)
Para tentar conter o avanço da pandemia, os governos do Leste Europeu já começaram a impor, novamente, restrições à população. Na Romênia, por exemplo, o uso de máscaras voltou a ser obrigatório em locais públicos, escolas ficarão fechadas por duas semanas e a movimentação de pessoas será restrita durante à noite. Na Rússia, locais de trabalho ficarão fechados no início de novembro e, em Moscou, um lockdown voltará a ser implementado a partir desta quinta-feira (28.out).