Talibã diz que não vai exigir o uso de burca para mulheres
Vestimenta que cobre o corpo inteiro era obrigatória durante o governo fundamentalista islâmico em 1996
Em declaração à rede britânica Sky News, o porta-voz do grupo fundamentalista islâmico Talibã, Suhail Shaheen, disse que as mulheres terão acesso a escolas e universidades e que não precisarão usar a burca -- vestimento que cobre o corpo inteiro. No entanto, terão que usar o hijab, véu islâmico que deixa o rosto à mostra.
"Vamos nos empenhar pelos direitos das mulheres no âmbito da Sharia (lei religiosa), não haverá discriminação", disse outro porta-voz do grupo, Zabihullah Mujahid, em coletiva de imprensa na última 3ª feira (17.ago) em Cabul.
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De volta ao poder 20 anos depois de ter sido destituído pela invasão norte-americana, o Talibã vem tentando passar uma imagem de governo mais moderado para facilitar o reconhecimento pela comunidade internacional. Em declaração, o grupo extremista prometeu anistia geral para os funcionários que trabalhavam para o governo anterior e instou os servidores públicos a retornarem às suas funções. A nova direção, no entanto, ainda preocupa a maioria da população afegã.
