Condenado britânico que matou mulheres depois de pacto com o diabo
Danyal Hussein pediu ajuda do "rei Lúcifer" pra ganhar na loteria e prometeu matar 6 mulheres
A mãe que teve as duas filhas assassinadas em Londres disse hoje que o criminoso a encarou e sorriu pra ela durante o julgamento. "Eu sorri de volta e pisquei pra ele. Eu não daria a ele o privilégio de sentir que ele havia me destruído".
Mina Smallman falou à rede BBC, um dia depois da condenação de Danyal Hussein, 19 anos. A mulher que foi a primeira negra a assumir o posto de arquidiácona na Igreja Anglicana da Inglaterra perdeu as filhas para um crime que envolveu um pacto com o diabo.
O assassinato foi em 5 de junho do ano passado, no parque Fryent Country, em Wembley, no noroeste da capital britânica. As vítimas Bibaa Henry, 46 anos e Nicole Smallman, 27, foram esfaqueadas até a morte. Elas tinham se encontrado com outros amigos pra comemorar o aniversário de Bibba.
O criminoso tinha feito um pacto com um diabo e prometeu sacrificar 6 pessoas a cada 6 meses. Todas teriam que ser mulheres. A polícia encontrou um documento escrito a mão e assinado com o sangue do assassino, em que ele se dirige "ao poderoso rei Lúcifer". Em troca, Danyal pedia poder e um bilhete premiado da loteria.
O assassino se comprometeu a cumprir o cronograma da matança "desde que estivesse livre e fisicamente capaz". Ele prometeu construir um templo para o diabo e esperava, como retorno, "nunca ser suspeito de nenhum dos crimes".
Logo no primeiro assassinato, porém, ele se feriu na luta corporal com as vítimas. O sangue que deixou na cena do crime foi uma das principais provas usadas pra convencer os 11 jurados a condená-lo. A pena será divulgada no dia 22 de setembro.
Dannyal já tinha sido submetido a um programa de desradicalização em 2017, quando tinha 15 anos. Segundo revelou a BBC, ele se envolveu com grupos radicais de extrema direita. A escola onde estudava concluiu que ele apresentava sinais de "vulnerabilidade e radicalização". Ele foi liberado em maio do ano seguinte. Segundo a polícia, o suporte que recebeu foi "apropriado".
Policiais também serão julgados
Deniz Jaffer, 47 anos e Jamie Lewis, 32 foram um dos primeiros a chegar à cena do crime. Eles tiraram fotos dos corpos das vítimas e compartilharam em grupos de Whatsapp. Não contavam, porém, que a notícia se espalharia.
Duas semanas depois, os dois foram presos for má conduta e improbidade administrativa. Os policiais foram soltos, mas seguem afastados de suas funções desde então. O julgamento deles será na semana que vem.