STF prorroga inquérito sobre ofensas a Moraes em aeroporto de Roma

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou o prazo de conclusão das investigações sobre as hospitalizações feitas contra o ministro Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma, em julho deste ano. A decisão, publicada na 4ª feira (4.out), atende ao pedido da Polícia Federal, que pediu mais tempo para analisar as imagens do caso.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

Além da prorrogação, Toffoli retirou o sigilo dos processos, mas manteve em segredo de Justiça as imagens das supostas agressões - enviadas pelas autoridades italianas. As gravações, portanto, ficarão disponíveis apenas para as partes e para analistas ou peritos indicados pela Polícia Federal, para eventuais diligências complementares.

"A divulgação de imagens, fotos ou mesmo dados de pessoas suspeitas apenas se mostra fundamental na persecução penal, quando o autor do delito ainda não foi identificado ou quando se encontra foragido. Não é o caso dos autos, em que identificadas potenciais vítimas e agressores. Neste momento e pelas razões deduzidas, tais imagens interessam unicamente às investigações", justificou o ministro.

Alexandre de Moraes foi hostilizado por um grupo de brasileiros enquanto desembarcava no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália, no dia 14 de julho. Na ocasião, o ministro teria sido chamado de "bandido, comunista e comprado", enquanto seu filho teria sido agredido com um tapa por um dos brasileiros. O caso está sendo investigado como injúria e agressão.

+ Casal suspeito de hostilizar Moraes se desculpa e fala em "mal-entendido"

Os envolvidos no caso seriam quatro integrantes de uma família de Santa Bárbara D'Oeste, no interior de São Paulo. Em julho, dois dos acusados prestaram depoimento à Polícia Federal e negaram as acusações. Imagens de câmeras de segurança do aeroporto italiano, no entanto, confirmam a agressão à família do ministro.