Americanas: Sindicatos querem apoio do governo; ato é marcado para 6ª feira
Categoria se encontrou com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, nesta 2ª feira
Em reunião nesta 2ª feira (30.jan) com lideranças da Força Sindical, os ministros do Trabalho, Luiz Marinho, e da Previdência, Carlos Lupi, discutiram a situação dos empregos dos trabalhadores da rede de varejo Americanas. A empresa teve o pedido de recuperação judicial aprovado no dia 19 de janeiro. Os sindicalistas querem participação direta do Ministério do Trabalho nas negociações para garantir os direitos e a renda das mais de 44 mil pessoas envolvidas na operação da empresa.
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O ministro afirmou que a pasta seguirá acompanhando a questão da recuperação judicial e a situação dos empregados para a preservação dos empregos. "Ele ficou de fazer uma reunião já esta semana, chamar a empresa e tentar achar caminhos que assegurem, garantam os empregos e a continuidade do negócio, mas ele vai nos informar", disse Miguel Torres, da Força Sindical.
As centrais sindicais estão convocando para próxima 6ª feira (3.fev), às 10 horas, na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro. O intuito da ação é cobrar da empresa posicionamento em relação ao 45 mil funcionários da companhia.
Na reunião com o ministro da Previdência, as centrais sindicais reclamaram da fila para solicitação de benefícios previdenciários e também reivindicaram revisão de alguns pontos da reforma da Previdência, sancionada em 2019 e que aumentou o tempo de contribuição. Também foi abordada a necessidade de revisão de pontos da reforma trabalhista, sancionada em 2017.
"Primeiro a gente tem que tratar de resolver os grande problemas de hoje, que são a fila, a falta de resposta mais rápida para atender a população, desde pensão, aposentadoria, o beneficiário BPC, a gestante, a pessoa que tem que sair por atestado médico. Isso merece uma solução imediata. A segunda é essa questão da Previdência, temos um grande conselho, que eu estou ampliando, colocando todas as representações sindicais, inclusive dos aposentados, empresariais, conversando para encontrar caminhos."
Segundo o ministro, o conselho vai debater propostas de revisão de alguns pontos da reforma. Sobre a questão das filas para pedidos de benefícios, ele lembrou que, no governo anterior, houve diminuição na força de trabalho da Previdência. Em 2014, eram 35 mil trabalhadores no ministério e, em 2023, são pouco mais de 19 mil. Mas Lupi garantiu que a questão da fila será tratada de forma prioritária nesses primeiros meses.
As centrais sindicais unificadas em reunião com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, nessa segunda-feira, 30/01/2023, em São Paulo, discutiram o processo de recuperação judicial do Grupo Americanas e reforçaram a necessidade de garantia dos empregos e dos direitos dos mais de 44 mil trabalhadores diretos e de centenas de milhares de trabalhadores de toda a rede de fornecedores.
A atividade econômica, as empresas e os empregos tem que ser preservados independente das responsabilidades dos executivos, controladores e acionistas relevantes do Grupo Americanas, que ainda estão sendo apuradas.
Se os indícios de fraude forem provados, os culpados devem ser punidos, mas a empresa e os empregos precisam ser preservados.
Por esses motivos, as centrais solicitaram ao Ministro do Trabalho e Emprego que o Governo participe diretamente do processo com o objetivo de estabelecer diálogo tripartite e total transparência neste que é um dos maiores processos de recuperação empresarial do país.
Diante da gravidade do problema, as centrais sindicais unificadas convocam toda a sociedade para o ato no dia 03 de fevereiro (sexta-feira), às 10 horas, na Cinelândia no Rio de Janeiro (RJ).
*Com Agência Brasil
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