Justiça pede inclusão de cônsul alemão no banco de foragidos da Interpol
Acusado pela morte do marido, Uwe Herbert Hahn deixou o Rio de Janeiro depois de ser solto na última 6ª feira (26.ago)
O juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal da Capital do Tribunal de Justiça do Rio, aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro e decretou a prisão preventiva do cônsul alemão Uwe Herbert Hahn, acusado pela morte do marido, o belga Walter Henri Maximilien Biot, no dia 5 de agosto. O magistrado determinou, ainda, a inclusão do nome do diplomata na lista de foragidos da Interpol.
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O cônsul embarcou no domingo para a Alemanha depois de ter a liberdade concedida pelo Tribunal de Justiça do Rio, que alegou "flagrante excesso de prazo para a propositura da ação penal", deferindo o relaxamento da prisão. Ele estava detido no presídio de Benfica, na zona norte da capital fluminense, desde o dia 6 de agosto, após ser preso em flagrante.
"Verifico que o fato é muito recente, em tese perpetrado aos 05 de agosto desse ano, tendo o acusado supostamente ceifado a vida de seu cônjuge, por suposto motivo torpe, alegado sentimento de posse, em tese meio cruel, severo espancamento e, ainda, recurso que teria dificultado a defesa da vítima. (...) Assim, a pedido do MP, (...), decreto a prisão preventiva de Uwe Herbert Hahn.", declarou o magistrado na decisão.
O crime aconteceu na cobertura em que o casal morava, no bairro de Ipanema. De acordo com o laudo do inquérito policial, a vítima apresentava mais de 30 lesões na cabeça, no tronco e nos membros, apontando para espancamento. A causa da morte do belga Walter Biot foi traumatismo craniano.
Segunda a denúncia do Ministério Público "o crime foi praticado com emprego de meio cruel: severo espancamento a que a vítima foi submetida, causando intenso e desnecessário sofrimento."