Justiça determina afastamento de José Roberto Trados da presidência da CNC

A Justiça do Amazonas condenou José Roberto Trados e determinou que ele seja afastado da presidência da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Condenado por improbidade administrativa, ele deverá ainda pagar R$ 7,3 milhões de ressarcimento, segundo decisão do juiz Leoney Harraquian, da 2ª Vara da Fazenda Pública. A decisão foi publicada na última 6ª feira (27.jul).

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A sentença também aponta irregularidades cometidas pela secretária-geral da entidade, Simone Souza Guimarães. Também foi recomendado que ela perca o cargo. Apesar da determinação, a CNC confirmou, ao SBT News nesta 2ª feira (1º.ago), que ambos permanecem nos cargos. A justificativa apresentada é a de que a decisão judicial foi em 1ª instância e a de que as funções não são públicas.

Segundo o Tribunal de Justiça do Amazonas, tanto Trados quanto Simone Guimarães, foram acusados de terem se beneficiado em uma empresa que possui relações com a família do presidente da CNC. Tal empresa teria fechado a contratação de um imóvel com a confederação no valor de R$ 18 mil.

Em nota, a CNC disse que Tadros recebeu "com surpresa e indignação" a notícia da decisão, e destacou que o definido pelo tribunal "não tem qualquer efeito no momento". A confederação também divulgou que o tema já estava em análise do Tribunal de Contas da União (TCU) desde 2016, e que ao longo do processo de análise na corte, foram emitidos dois pareceres favoráveis ao presidente da CNC.

"As medidas de afastamento dos cargos não se aplicam, já que as funções de presidente e de secretária-geral da CNC não são públicas, mas sim de caráter de gestão de entidades privadas como o Sesc, que integram o sistema sindical e não compõem a administração pública. Portanto, não se aplicam as sanções à administração pública, previstas na Lei de Improbidade Administrativa", diz trecho do comunicado.