Médico acusado de vender órgãos de menino de 10 anos vai a júri popular
Álvaro Ianhez é suspeito de chefiar um esquema de tráfico de órgãos, descoberto nos anos 2000, em Minas Gerais
Teve início, nesta 2ª feira (18.abr), o júri popular do quarto médico acusado de envolvimento na morte do menino Paulo Pavesi, em Minas Gerais, nos anos 2000. O julgamento de Álvaro Ianhez, de 77 anos, foi interrompido, no início da noite, após o depoimento do pai da criança, e será retomado na manhã desta 3ª feira (19.abr).
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Além da participação na morte do menino, que tinha, à época 10 anos, Ianhez é apontado como o chefe de uma quadrilha de tráfico de órgãos no sul do estado. O esquema foi descoberto há 22 anos, depois do falecimento do menino, em Poços de Caldas, a 420 quilômetros da capital mineira..
Paulo Pavesi foi declarado morto dois dias depois de dar entrada na Santa Casa de Misericórdia, com diagnóstico de traumatismo craniano em decorrência de um acidente, que ele sofrera enquanto brincava com amigos. No entanto, segundo o Ministério Público, o exame que apontou a morte cerebral do menino teria sido forjado pelos médicos envolvidos no esquema e, na verdade, a criança inclusive estaria viva no momento da retirada de seus órgãos.
Ianhez é acusado de prejudicar a recuperação de Paulinho e participar dos procedimentos para constatar a morte encefálica dele. Outros três médicos já foram julgados no caso: dois deles foram condenados a 25 anos de prisão e um, absolvido.
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