STF anula provas do Ministério Público sobre caso de Flávio Bolsonaro
2ª Turma suspendeu relatórios de inteligência financeira no Coaf
A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as provas obtidas pelo Ministério Público por meio de relatórios de inteligência financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), no caso das rachadinhas.
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Segundo os ministros, o pedido de investigação feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro ao COAF foi ilegal, já que a investigação contra o então deputado estadual Flávio Bolsonaro ainda não estava formalizada.
Com isso, as investigações sobre as supostas rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) devem voltar à estaca zero.
O ministro Edson Fachin foi vencido na votação. O Supremo também decidiu nesta 2° feira manter o foro privilegiado de Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas.
Fabrício Queiroz
Apontado como o principal operador do esquema das rachadinhas, Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro, afirmou em entrevista exclusiva ao SBT News que havia um plano para matá-lo "como queima de arquivo" e que a ideia seria colocar a culpa, pela execução, no presidente Jair Bolsonaro.
"Queriam me matar, tem que ficar bem enfatizado isso, porque eu ia ser queima de arquivo pra cair na conta do presidente, como aconteceu com o capitão Adriano [da Nóbrega, acusado de chefiar milícia no Rio de Janeiro], aquilo foi pra jogar na conta do presidente, aquilo não foi auto de resistência da polícia, aquilo ali foi execução. Eu trabalhei com ele, eu sei que se ele estivesse armado, ele matava uns 10."