MPSP denuncia 96 servidores por fraudes de mais de R$ 7 milhões

O Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Justiça de Barretos, denunciou 96 servidores da Prefeitura Municipal de Barretos por crimes de peculato e organização criminosa. As fraudes permitiram desvios de mais de 7 milhões de reais.

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Segundo informações apuradas pelo órgão, os denunciados teriam se beneficiado com o desvio de grandes quantias mediante fraudes em holerites de servidores previamente aliciados, em caso que ficou conhecido por "Partilha-Holerites Premiados", cujo o esquema teria contado com o envolvimento de mais de 100 agentes públicos. Os valores registrados na denúncia alcançam R$ 7.265.301,85.

Após o recebimento das denúncias por meio das decisões da 1ª Vara Criminal da Comarca de Barretos, foi aceito a suspensão do exercício de função pública, proibição de acesso e frequência a prédios públicos municipais e a proibição de contato com testemunhas, servidores administrativos e entre os outros integrantes da organização criminosa.

Investigações acontecem desde 2019

A primeira fase da Operação "Partilha/Holerites Premiados" aconteceu em abril de 2019 com apoio da Delegacia Seccional de Polícia de Barretos, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão, prisão e constrições patrimoniais.

A segunda etapa da ação policial aconteceu no mês seguinte, em maio do mesmo ano, quando houve o oferecimento de uma primeira denúncia contra 9 pessoas, por integrarem uma organização criminosa.

No final de 2020, durante a terceira fase, 21 promotores de Justiça, 13 servidores do Ministério Público, 63 viaturas, 205 policiais militares e 21 policiais civis cumpriram 73 mandados de busca e apreensão, assim como o afastamento cautelar do então prefeito em exercício Guilherme Ávila (PSDB).