Presidente do Ibama é incluído em inquérito que investiga Ricardo Salles
Investigação apura se autoridades dificultaram fiscalização ambiental e praticaram advocacia administrativa
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a inclusão do presidente do Ibama, Eduardo Bim, como investigado, juntamente com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. O inquérito apura supostas práticas de delitos de advocacia administrativa que podem ter dificultado a fiscalização de infração ambiental.
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Ao pedir a abertura de inquérito contra Salles, a Procuradoria-Geral da República (PGR) não se manifestou em relação a Bim, que também constava como um dos envolvidos nos atos delituosos narrados na Operação Handroanthus, realizada pela Polícia Federal e que resultou na apreensão de cerca de 200 mil metros cúbicos de madeira extraídos ilegalmente por organizações criminosas. Após determinação da ministra, a PGR pediu a inclusão de Bim no inquérito, entendendo que sua situação fática e jurídica é semelhante à de Salles. Bim será ouvido na qualidade de investigado.
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Cármen Lúcia determinou prazo de 30 dias para a Polícia Federal concluir as diligências e encerrar as investigações. A ministra também indeferiu o pedido da defesa de Salles para retirar dos autos uma petição para que sejam juntados ao processo documentos relativos a outras investigações contra ele. Segundo ela, a ausência de manifestação sobre o pedido significa que a PGR considerou os documentos "relevantes para o panorama investigado".