Chefe da Otan diz que Cúpula tomará decisões-chave sobre Ucrânia
Aliança militar deve apresentar possíveis caminhos para a adesão de Kiev
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou, nesta 3ª feira (11.jul), que os países-membros tomarão decisões-chave sobre a Ucrânia durante a cúpula de Vilnius, na Lituânia. Segundo o diplomata, ao fim do evento, Kiev receberá uma mensagem positiva sobre o caminho de adesão à aliança militar.
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"Estou confiante de que será uma mensagem positiva e forte sobre a Ucrânia e o caminho a seguir para a adesão", disse Stoltenberg, ressaltando que os aliados também enviarão uma mensagem clara ao mundo de que a Otan permanecerá ao lado da Ucrânia "pelo tempo que for necessário" antes que o processo de adesão seja concluído.
A declaração acontece porque a candidatura de Kiev à Otan vem sendo discutida há anos. Apesar de apoiar a adesão, Stoltenberg já descartou o ingresso do país na aliança militar enquanto a guerra com a Rússia estiver ativa. Isso porque todos os 31 países-membros seriam obrigados a responder aos ataques da nação agressora, o que poderia resultar em uma Terceira Guerra Mundial.
Na noite de 2ª feira (10.jul), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que está confiante na cúpula de Vilnius para apontar o caminho de adesão à Otan. Segundo ele, o encontro deverá apenas confirmar que Kiev é membro "de fato" da aliança militar, uma vez que o país já conta com a ajuda militar e econômica do grupo.
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"Mesmo que diferentes posições sejam expressas, ainda está claro que a Ucrânia merece estar na aliança", disse Zelensky. "Agora não, há uma guerra, mas precisamos de um sinal claro. E precisamos desse sinal agora", frisou.