Rússia e EUA ainda não entraram em acordo sobre troca de prisioneiros
Secretário de Estado dos EUA propôs devolver condenado russo em troca da estrela de basquete Brittney Griner e outro americano preso no país
O Kremlin afirmou nesta 5ªfeira (28.jul) que irá negociar, sem alarde, uma possível troca de prisioneiros com os Estados Unidos. Ontem, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, informou que Washington ofereceu um acordo ao Kremlin.
Em troca da estrela do basquete Brittney Griner e outro americano preso, Paul Whelan, os Estados Unidos enviaram a Moscou o traficante de armas Viktor Bout, condenado a 25 anos de prisão em 2012 por vender ilegalmente milhões de dólares em armas.
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Questionado sobre a oferta dos EUA, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu que as trocas de prisioneiros eram normalmente negociadas discretamente nos bastidores. "Sabemos que tais questões são discutidas sem qualquer divulgação de informações", disse Peskov a repórteres durante uma teleconferência. "Normalmente, o público fica sabendo disso quando os acordos já estão implementados."
Ele enfatizou que "nenhum acordo foi finalizado" e se recusou a fornecer mais detalhes.
Em um comunicado separado, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que autoridades russas e norte-americanas conduziram negociações sobre possíveis trocas de prisioneiros e "ainda não houve um resultado concreto".
"Partimos do pressuposto de que os interesses de ambas as partes devem ser levados em consideração durante as negociações", afirmou Zakharova.
O posicionamento de Blinken marca a primeira vez que o governo dos EUA revelou publicamente qualquer ação concreta que tomou para garantir a libertação de Griner. A duas vezes medalhista de ouro olímpica e jogadora do Phoenix Mercury da NBA feminina foi presa em um aeroporto de Moscou, em fevereiro, depois que funcionários encontraram vapes contendo óleo de cannabis em sua bagagem.
Em uma forte reversão da política anterior, Blinken disse que espera falar com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, para discutir o acordo de prisioneiros proposto e outros assuntos. Seria o primeiro telefonema desde antes de a Rússia enviar suas tropas para a Ucrânia.
* Com informações da Associated Press
