"Não esqueçamos do martirizado povo ucraniano", diz papa Francisco
País está sob ataque russo desde 24 de fevereiro e já contabiliza mais de 7 milhões de refugiados
O papa Francisco fez um novo apelo para que o mundo não esqueça da dificuldade enfrentada pelos cidadãos ucranianos devido à ofensiva russa. Em pronunciamento no domingo (19.jun), na Praça São Pedro, o pontífice pediu para que os fiéis se questionem sobre o que estão fazendo em relação à população da Ucrânia.
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"Não esqueçamos do martirizado povo ucraniano neste momento, povo que está sofrendo. Gostaria que permanecesse em todos vocês uma pergunta: o que estou fazendo hoje pelo povo ucraniano? Rezo? Empenho-me? Procuro entender? Cada um responda no próprio coração", disse Francisco.
Embora não critique a Rússia diretamente, o papa já condenou, em diversas ocasiões, os massacres promovidos contra a população civil da Ucrânia e o apoio aos conflitos militares. Para tentar a ofensiva, o pontífice também já se dispôs a mediar as negociações de cessar-fogo entre os governos de Kiev e Moscou.
Em meio aos intensos combates na região de Donbass, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, disse temer que a guerra dure anos. Segundo ele, o cenário faz com que os países ocidentais devam estar preparados para oferecer apoio duradouro às tropas ucranianas com o envio de armamentos e suprimentos.
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No total, a Organização das Nações Unidas (ONU) contabiliza mais de 10 milhões de deslocados internamente e 7 milhões de civis ucranianos em situação de refúgio. Do número, 4,8 milhões dos refugiados estão registrados na Europa, enquanto 3,2 milhões foram inscritos em programas de proteção.