Nenhuma "cortina de ferro" isolará a economia russa, diz Putin
Presidente russo enfatizou possíveis parcerias e afirmou que o país não pode ficar cercado
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que nenhuma "cortina de ferro" fará com que a economia local seja isolada. Em discurso televisionado na noite de 5ª feira (9.jun), o chefe de Estado referiu-se às sanções impostas pelo Ocidente, em resposta à invasão na Ucrânia, e disse que Moscou não fechará as portas como foi feito pela antiga União Soviética.
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"Não teremos uma economia fechada, não tivemos e não teremos. Ou melhor, tínhamos nos tempos soviéticos quando nos isolamos do mundo, criamos a chamada Cortina de Ferro, criamos com nossas próprias mãos. Não cometeremos o mesmo erro novamente", afirmou Putin, acrescentando que um país como a Rússia não pode ser cercado.
A declaração acontece no momento em que grandes empresas e investidores internacionais estão deixando o país. A última a encerrar as atividades em Moscou foi a plataforma de streaming Netflix, que deixou de ficar disponível para assinantes russos devido ao avanço da ofensiva militar no território ucraniano.
Entre outras companhias alimentícias que desistiram da Rússia estão a cervejaria holandesa Heineken, o McDonald's e a Coca-Cola. Já no setor automotivo, companhias como Toyota, Hyundai, Mazda, Honda, Ford, BMW e Volvo também decidiram sair do país e interromper ou suspender a venda de bens e serviços.
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Para conter o cenário, Putin afirmou que irá se afastar do Ocidente e se concentrar no desenvolvimento da indústria doméstica por meio de parcerias com a China, Índia e potências no Oriente Médio. Na próxima semana, por exemplo, o presidente deve se encontrar com líderes internacionais no Fórum Econômico de São Petersburgo.