"Repugnante", diz Johnson sobre acordo forçado entre Ucrânia e Rússia
Premiê britânico condenou agressão e defendeu independência do território ucraniano
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou, nesta 5ª feira (9.jun), que pressionar a Ucrânia a aceitar um acordo de paz forçado e com condições "ruins" com a Rússia seria "moralmente repugnante". Segundo ele, a atitude, se apoiada pelo Ocidente, seria um erro, abrindo novas portas para conflitos e instabilidades econômicas.
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"Encorajar uma paz ruim na Ucrânia é encorajar [o presidente russo Vladimir] Putin e encorajar todos aqueles no mundo que pensam que a agressão funciona", disse o premiê.
"Abandonar os ucranianos seria moralmente repugnante, pois eles são as vítimas e têm o direito absoluto de defender um país livre e independente", acrescentou.
As declarações foram dadas durante um discurso sobre economia, no qual Johnson culpou a invasão russa na Ucrânia pelo aumento significativo no preço dos alimentos e da energia. A afirmação também é reforçada por outros líderes internacionais, como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que acusou Moscou de intensificar a crise alimentar global.
"A invasão russa da Ucrânia tem consequências em todo o mundo, e não se trata apenas do seu impacto sobre a economia, a geopolítica ou a arquitetura de segurança. Trata-se da vida e da subsistência de milhões de pessoas em todo o mundo. Só este ano, é provável que cerca de 275 milhões de pessoas estejam em elevado risco de insegurança alimentar", disse ela.
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