Ucrânia ordena que últimos soldados da usina Azovstal parem de lutar
Decisão acontece após quase três meses de resistência à ofensiva russa
Autoridades ucranianos ordenaram, nesta 6ª feira (20.mai), que as últimas tropas entrincheiradas na siderúrgica Azovstal, localizada em Mariupol, entreguem as armas. O anúncio acontece após quase três meses de resistência à ofensiva russa, que devastou a cidade portuária no sul do país.
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"O comando militar superior deu a ordem de salvar as vidas dos militares de nossa guarnição e de parar de defender a cidade", declarou Denys Prokopenko, comandante do batalhão ucraniano Azov, em um vídeo publicado nas redes sociais."Espero que em breve as famílias e todos na Ucrânia possam enterrar seus combatentes com honras", acrescentou.
Segundo ele, está "em curso" um processo para remover os corpos de soldados mortos em Azovstal. Além disso, também está em andamento as negociações para a troca de prisioneiros ucranianos por soldados russos. Autoridades pró-moscou da região de Donetsk, no entanto, afirmam que alguns dos homens podem ser julgados.
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Mais cedo, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, afirmou que mais de 1,9 mil soldados ucranianos que estavam entrincheirados na siderúrgica se renderam. A declaração foi feita enquanto o político anunciava que Moscou estava perto de controlar totalmente a região separatista de Lugansk, no leste da Ucrânia.
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