Moradores de Mariupol enviam carta pedindo ajuda ao Papa
Famílias descreveram a cidade como "epicentro de catástrofe humanitária"
Moradores da cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia, enviaram uma carta ao Vaticano pedindo ao Papa Francisco que ajude a acabar com a invasão russa no país. O documento foi entregue por meio do cardeal Michael Czerny, que relatou o conteúdo da correspondência nesta 3ª feira (19.abr).
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"A carta evidencia o que o Papa tem dito desde o início, especialmente durante o Urbi et Orbi de Páscoa, quando falou claramente da irracionalidade total da guerra", disse Czerny. Segundo ele, os autores informaram que a cidade portuária foi reduzida a cinzas e que está sob ataque 24 horas por dia. No texto, o grupo descreve o local como "epicentro de uma catástrofe humanitária".
"Santo Padre, ainda é possível ajudar os que sofrem, mesmo que o número de quem não consegue sobreviver aumenta a cada dia", dizem os moradores à Francisco. Em particular, as páginas descrevem a situação na fábrica Azovstal, antiga produtora de aço e que se tornou a linha de frente do confronto. Cerca de mil civis encontram-se no interior da fábrica, ao lado do exército ucraniano.
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Para Czerny o "pedido desesperado" das famílias não é apenas dirigido ao pontífice, mas também a todos aqueles que têm a possibilidade de ajudar o país com a implementação de corredores humanitários e, principalmente, com um cessar-fogo.
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