China deve usar influência sobre Rússia para promover a paz, diz Otan
Líder da organização reforçou o apoio à Ucrânia e anunciou o envio de mais suprimentos militares ao país
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, reforçou, nesta 5ª feira (24.mar), que a China deve se reunir ao restante da comunidade internacional e utilizar a influência que tem sobre a Rússia para promover a paz na Ucrânia. Segundo ele, o apoio do país asiático seria essencial para suspender o acesso russo a novos armamentos militares, além de poder proporcionar uma solução pacífica e imediata.
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"Pedimos que a China não apoie as forças russas na invasão à Ucrânia e não opere mais como auxiliar do conflito militar. Pelo contrário, o país deve utilizar sua influência para que a Rússia opte por uma solução pacífica e imediata", disse Stoltenberg. "Hoje, reforçamos o nosso apoio à Ucrânia e concordamos que enviaremos mais suporte para que o país aumente sua autodefesa", completou.
Entre as ajudas anunciadas, o líder da Otan citou o envio de novos equipamentos militares, drones, auxílio financeiro, forças humanitárias e proteção cibernética. Stoltenberg também disse que os países-membros se comprometeram, mais uma vez, em não deixar que o conflito militar se intensifique ou atinja outras nações. Para isso, ele afirmou que a organização irá apoiar outros países que sejam ameaçados pela Rússia.
Além disso, o grupo continuará impondo mais sanções a Moscou para sufocar a economia local e impedir que o país invista nas forças militares. Como precaução, Stoltenberg informou que a Otan está ampliando o número de soldados pela Europa e que mais tropas foram enviadas para Bulgária, Romênia e Eslováquia. O reforço militar está sendo feito tanto pelo mar, com navios e submarinos, como pelo céu, com caças e novas aeronaves. A atuação das forças, no entanto, não será utilizada na Ucrânia, uma vez que o país não faz parte da aliança.
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